O consumo de energia em edifícios - se alto ou baixo, muito ou pouco - está diretamente ligado a fatores, como insolação, ocupação, uso de equipamentos e iluminação artificial. Se utilizados de forma desmedida e incorreta, esses fatores provocam desagradáveis surpresas aos condôminos ao final do mês. Para evitar que isto aconteça, então, faz-se necessário um rígido controle de gastos do edifício, começando, inclusive, pelo projeto arquitetônico.
Antes de serem construídos, já pensando na total eficiência do consumo de energia, é necessário que se faça um correto planejamento estrutural dos edifícios, levando-se em consideração as necessidades de cada ambiente. Sendo assim, para que o consumo de energia de um prédio não extrapole o limite desejável, é fundamental tomar algumas precauções simples, porém eficazes, no controle de gastos. São elas:
1- Estudo bioclimático do local onde o edifício será construído, visando o conforto ambiental por meio da correta orientação das faces do edifício. Esta medida é importante devido ao fato de propiciar:
- Maior aproveitamento do sol no inverno;
- Aproveitamento das correntes de vento;
- Aproveitamento da iluminação natural;
- Proteger determinadas áreas da incidência solar;
- Possibilidade de proteger as paredes mais expostas à incidência solar, utilizando-se de sombreamento, isolamento térmico e redirecionamento da luz através de brises ou grandes panos de vidro; e
- Diminuição do consumo de energia, dispensando o uso de aparelhos de ar-condicionado.
2- Amplitude térmica
Regiões com amplitude térmica elevada permitem modular as taxas de ventilação natural no período noturno. Já nas regiões onde isso não acontece é mais importante o isolamento térmico, ou seja, construções leves, com materiais de grande resistência térmica.
3- Resfriamento passivo de paredes, piso e teto
Este processo consiste no uso de tubulações de água enroladas no solo a aproximadamente 3 ou 4 metros de profundidade, ou seja, um circuito de resfriamento no qual a água passa por um trocador que resfria o ar permitindo resfriar, por exemplo, o piso, ou as paredes, ou mesmo o teto.
4- Simulação energética
Trata-se de um modelo computacional que permite modelar uma edificação antes de a mesma ser construída ou reformada, permitindo que diferentes alternativas e estratégias sejam investigadas e comparadas entre si, conduzindo à otimização do projeto ou de determinados processos. Neste sistema, tudo aquilo que gasta energia é integrado entre si, por exemplo, sistema de condicionamento de ar, cargas internas (pessoas, equipamentos e iluminação), fechamentos opacos e transparentes, painéis fotovoltaicos, iluminação natural, entre outros.
5- Isolamento térmico
A disposição dos elementos aliada à natureza das matérias-primas e seus respectivos coeficientes de isolamento térmico é decisivo para o desempenho térmico de uma edificação. Neste sentido, número de aberturas, incidência de sol e sombra, e outras ferramentas da chamada arquitetura passiva, e, principalmente, os níveis de absortância de paredes e coberturas, influenciam diretamente os resultados de eficiência energética das edificações, levando-se em conta também características climáticas de cada região.
Por Silvana Teixeira.
Fonte: Ambiente Gelado.
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