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Tensões de crescimento em madeira de eucalipto

Um dos principais fatores que contribui para a depreciação da madeira serrada de eucalipto, são as tensões de crescimento, responsáveis por defeitos como rachaduras e empenamentos

Madeira de eucalipto


Um dos principais fatores que contribui para a depreciação da madeira serrada de eucalipto, são as tensões de crescimento. BAENA (1982) afirma que os defeitos como rachaduras e empenamentos estão associados às tensões internas, que se manifestam após o abate das árvores, com maior intensidade nas idades mais jovens, diminuindo consideravelmente com o amadurecimento da árvore.

As tensões de crescimento são iniciadas durante o desenvolvimento da parede secundária das fibras. HILLIS e BROWN (1978) confirmam a formação destas, associada com a fase de lignificação das células formadas pelo câmbio vascular. Segundo Dr. José Tarcísio da Silva Oliveira, professor do Curso a Distância CPT Uso da Madeira de Eucalipto na Fazenda, “Com a deposição de lignina, as paredes transversais das células expandem, provocando a consequente retração desta no sentido axial ou do comprimento celular”.

A maior rigidez das células vizinhas já diferenciadas restringem a extensão desse decréscimo no comprimento celular, gerando, assim, as tensões de tração longitudinal. Essa força de tração longitudinal sendo continuamente gerada dentro das sucessivas camadas de células, recentemente formadas, quando a árvore aumenta a sua circunferência, eventualmente impõe uma alta tensão de compressão no centro do tronco. Essas forças espalham por toda área seccional do tronco, à medida que a árvore vai crescendo. Essas tensões, normalmente, decrescem com o aumento do diâmetro da árvore.

Os níveis dessas tensões são variáveis entre as diversas espécies de  Eucalyptus, sendo, também, relacionadas ao tamanho da árvore, à idade, ao diâmetro do tronco e à taxa de crescimento. Árvores com elevadas tensões de crescimento desenvolvem fissuras radiais durante e após o abate, particularmente se esta é mantida diretamente em contato com o sol. Essas fissuras de topo, normalmente, ocorrem dentro de uma semana do abate.

Na operação de desdobro, poderá ocorrer fendilhamento adicional, além de arqueamento, em consequência das tensões residuais existentes nas toras. Essas distorções se manifestam como torcimento nas tábuas radiais e encanoamento nas tangenciais, face ao desequilíbrio entre tensões de tração na periferia e compressão no centro da tora. Além dos defeitos mencionados acima, as tensões de crescimento são responsáveis pelo aparecimento das falhas de compressão nas paredes das fibras mais internas de um tronco de madeira, o que reduz drasticamente a resistência da madeira.

Conheça algumas considerações sobre aparecimento das tensões de crescimento em madeira de eucalipto:

- O torcimento elevado em  E. grandis, que está diretamente associado a desrama de ramos vivos.
- Não existe evidência quantitativa do aumento das tensões de crescimento, relacionado com a rapidez de crescimento da árvore.
- Plantações com espaçamentos mais uniformes podem ter tensões mais reduzidas, em relação às árvores, crescendo em condições naturais.
- Os níveis de tensões são mais elevados na estação chuvosa.

As técnicas de atenuação das tensões de crescimento são variadas e já utilizadas há bastante tempo, nos diversos países produtores de florestas de eucalipto. ANDRADE e VECCHI (1918) já enfatizavam a utilização da técnica do anelamento das árvores a uma altura de 20 cm do solo ou acima do local de corte, com uma profundidade que, segundo HILLIS e BROWN (1978), deverá variar de um terço à metade do raio da árvore. Recomenda-se que o anelamento seja feito durante o inverno e com antecedência de seis a oito meses do abate da árvore. Aconselha-se, ainda, que as toras sejam esquadrejadas e secadas por um período de cinco a seis meses, antes do desdobro final.

Uma técnica que também se recomenda é a imersão do bloco de madeira em água corrente, por três a quatro meses, seguida da secagem deste, antes do desdobro final. Outras técnicas ainda são descritas como úteis na redução, ou mesmo na eliminação dessas tensões. Estas incluem o desfolhamento das árvores por determinado período que antecede o abate, a vaporização das toras e ainda a imersão destas em água quente, por um período de 24 horas. Essas técnicas de controle das tensões devem ser incentivadas e melhoradas, principalmente, em se tratando de florestas já existentes.

Na implantação de novas florestas, o controle das elevadas tensões de crescimento em árvores de eucalipto está diretamente ligado ao melhoramento genético, com a seleção de material isento, ou com níveis mínimos de ocorrência de tensões de crescimento. Solucionado o aparecimento dos elevados níveis de tensões de crescimento nos troncos de madeira de eucalipto, resolve-se, consequentemente, a grande maioria dos problemas relacionados às etapas de processamento da madeira de eucalipto, tanto na fase de desdobro como nas operações de secagem.

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Por Silvana Teixeira.

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