Ter acesso à uma vida saudável e balanceada tem se tornado, cada vez mais, um projeto de vida do brasileiro. Cansadas da poluição e da agitação dos grandes centros urbanos, as famílias têm procurado por um tipo de vida mais tranquila, sossegada e de grande qualidade, características estas, que só podem ser encontradas nos campos.
A busca pelo puro e pelo saudável não se limita apenas às questões como alimentação, moradia e passeios, e sim, atraído milhares de pessoas no que diz respeito aos cuidados com o corpo e, consequentemente, com a saúde.
Nos últimos anos, o desenvolvimento de uma consciência ecológica e de respeito ao próprio organismo está levando a uma intensificação do uso de remédios elaborados com extratos de plantas.
Ao que se sabe, a tradição de usar remédios caseiros para a cura de doenças comuns como gripes, resfriados e problemas digestivos está presente em todos os lares. Cada família conhece pelo menos uma receita caseira. E essas receitas sempre utilizam plantas medicinais. Elas passam de geração a geração e têm sobrevivido ao passar do tempo e ao crescimento da medicina alopática e dos remédios sintéticos.
A indicação terapêutica popular e a forma como são usadas as plantas têm importância crucial. De fato, muitas das plantas usadas pelo povo têm seu efeito curativo comprovado, após serem submetidas a criteriosos estudos. Com base no resultado desses estudos, têm surgido muitos programas de tratamento fitoterápico no sistema de saúde pública, onde se incentiva o cultivo e utilização orientada de plantas medicinais.
As plantas medicinais, capazes de curar as doenças mais corriqueiras, ao contrário do que se pensa, podem ser cultivadas em casa, nas escolas, nas empresas e nos centros de saúde. O cultivo é feito em canteiros ou até mesmo em vasos.
“Mas não basta ter as plantas disponíveis, é preciso saber prepará-las e como utilizá-las.”, afirmam os professores Celso Trindade, Maria Luiza Sartório, Patrícia L. Resende, do curso Farmácia Viva, utilização de Plantas Medicinais, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 80% da população dos países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nas unidades básicas de saúde. O Brasil tem grande potencial para o desenvolvimento dessa terapêutica, por ter a maior diversidade vegetal do mundo, uma grande diversidade cultural e a tradição de utilização de plantas medicinais.
Para aproveitar bem os princípios ativos de uma planta, é preciso que ela seja preparada corretamente.
Assim como quaisquer tipos de alimentos, o preparo dos fitoterápicos requer um cuidado especial com a higiene, tanto de quem faz o preparo, quanto do ambiente, da matéria-prima (plantas e outros ingredientes) e dos utensílios utilizados.
Tomando-se os devidos cuidados de higiene, evita-se a contaminação dos produtos, aumentando seu tempo de validade e reduzindo o risco para a saúde de quem irá utilizá-los.
A forma de preparo e o uso mais adequado de cada planta dependem:
- Da parte da planta a ser usada;
- Do tipo de princípio ativo a ser extraído;
- Da doença ou sintoma a ser tratado.
Para preparar as plantas, seja utilizando qualquer forma, é aconselhável usar sempre vasilhas de barro, esmaltada ou de vidro refratário. Os recipientes de alumínio, mesmo revestidos, são desaconselhados, porque o alumínio é tóxico.
Ao que se sabe, a tradição de usar remédios caseiros para a cura de doenças comuns como gripes, resfriados e problemas digestivos está presente em todos os lares
Variedades de Plantas Medicinais
Camomila, calêndula, artemísia, sabugueiro, dente-de-leão; hortelã, malva, poejo, capimlimão, picão, melissa, hera-terrestre, barbatimão (casca), batata-de-purga (tubérculo), unha-de-gato; (tubérculo), cumaru (sementes, casca); erva-doce (sementes), romã (frutos), ipê-roxo (casca), salsaparrilha (raízes), sucupira (sementes) dentre outras.
Consumo
O chá é a forma mais difundida de utilização das plantas medicinais. Além de fornecer as substâncias terapêuticas, o chá hidrata o organismo, estimula a eliminação de substâncias tóxicas, favorece o controle da temperatura do corpo e auxilia a digestão. As formas de preparo do chá são:
- Infusão: A infusão é recomendada para as partes tenras das plantas, ou seja, flores, folhas de textura fina e caules finos. O chá deve ser tomado no mesmo dia que foi preparado.
- Decocção: Esse tipo de preparação é indicado para partes de plantas resistentes à ação da água quente, como cascas, raízes, tubérculos, sementes e folhas grossas. Deve ser consumido no mesmo dia do seu preparo.
- Maceração: No método da maceração a planta fica em imersão por um período mais prolongado
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Por Silvana Teixeira
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