
Os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias que vêm sendo cada vez mais utilizadas na agricultura e na saúde pública, podendo ou não oferecer perigo, dependendo da toxicidade, do grau de contaminação e o tempo de exposição durante sua aplicação. Assim, o principal problema está na sua utilização indiscriminada, sem qualquer preocupação com a segurança, neste caso, principalmente, por onde transitam animais domésticos, como cães e gatos. “Tais substâncias além de não apresentarem especificidade para determinada praga (eliminam o nocivo e o útil) poluem o ambiente (persistem no solo por vários anos) e, posteriormente, acumulam-se no homem e em animais”, afirma Alessandra Sayegh Arreguy Silva, professora do Curso a Distância CPT Primeiros Socorros para Cães e Gatos - Principais Acidentes, em livro+DVD e Curso Online.
Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os inseticidas usados na agricultura, em ambientes domésticos e públicos, classificados em três grandes grupos: os organoclorados, os inibidores da colinesterase (organofosforados e carbamatos) e as piretrinas naturais e sintéticas.
A exposição a organofosforados é um problema que pode atingir boa parte da sociedade, pelo uso doméstico destes produtos, pelo uso inadequado, pela proximidade a campos de cultura ou pelo consumo de alimentos contaminados. Logo, precauções devem ser tomadas para prevenir não somente quadros de intoxicação aguda, mas também controlar a absorção de repetidas doses por longo tempo. Sua principal ação farmacológica é a inibição da enzima acetilcolinesterase com consequente acúmulo de acetilcolina nas terminações nervosas.
Na intoxicação, os efeitos manifestados inicialmente são muscarínicos: miose, sudorese, aumento das secreções brônquicas, salivação, lacrimejamento, vômitos, náuseas e diarreia, bradicardia e dores abdominais. Em seguida, os nicotínicos, quando diminui a severidade dos anteriores, manifestados por: tremores e câimbras, hipertensão arterial, fasciculação muscular e flacidez, eventualmente, morte por parada respiratória ou edema pulmonar. O tratamento geral consiste na manutenção das funções vitais, seguida pela descontaminação com lavagem gástrica até 6 a 8 horas após a ocorrência, até retorno límpido, caso haja ingestão, (lavar as áreas atingidas, se exposição dérmica e respiratória). Administrar carvão ativado 1 grama por quilo de peso (máximo 50 g), além de catártico.
Os piretroides quando ingeridos causam irritação e dor epigástrica, náuseas, vômitos, sonolência, fadiga, fraqueza, parestesia, visão turva, sudorese, dor torácica, pneumonites, fasciculações musculares, convulsões. Quando inalados ocasionam coriza, congestão nasal, irritação da orofaringe, reações de hipersensibilidade e no contato com a pele, queimação, prurido, hipersensibilidade e efeitos sistêmicos. O tratamento engloba as medidas de ordem geral: manutenção das funções vitais, medidas de descontaminação. Se ingestão, proceder a lavagem gástrica, carvão ativado e catárticos; se derramamento nos olhos, deve ser realizada lavagem ocular cuidadosamente, se contato dérmico: lavagem corporal.
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Por Silvana Teixeira.
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