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Raça de ovinos

A produção ovina nacional carece de um conjunto de medidas, técnicas e estruturais, para que se coloque em posição de destaque

Os animais resistentes persistiram, os frágeis foram ficando pelo caminho, evitando-se a proliferação de seu material genético.

A ovinocultura é uma atividade rural auspiciosa, considerando-se os aspectos favoráveis do ambiente da maior parte do Brasil, bem como a avidez do mercado.

Entretanto, a produção ovina nacional carece de um conjunto de medidas, técnicas e estruturais, para que se coloque em posição de destaque no cenário agropecuário do País.

Sob o ponto de vista de estrutura, destacam-se: a organização do processo de comercialização e a difusão de tecnologia através de um serviço eficaz de extensão rural, a congregação dos produtores em associações e, ou, cooperativas, dentre outras. Tecnicamente, salienta-se: adequação de raças ou tipos genéticos à realidade ambiental da região, melhora da alimentação, do manejo sanitário, do manejo reprodutivo e programa de melhoramento genético.

No que tange às raças, há de se ressaltar que existem mais de 800, no mundo, cada uma apresentando aptidão e caracteres adaptativos específicos. A busca da melhor raça, tão comum em nosso meio, é utópica. Ela ainda não nasceu; querendo-se dizer com isto que todas são boas, desde que cada uma seja criada em condições climática, edáfica, geográfica e topográfica compatíveis com a adaptabilidade implícita em seu genoma.

Portanto, a adequação da raça ou das raças, bem como seus cruzamentos, ao ambiente do local de criação, é a base para o sucesso do empreendimento ovino.

Neste contexto, temos de considerar que grande parte do rebanho ovino do planeta localiza-se em regiões de clima duro, com temperaturas muito elevadas ou muito baixas, e deficiência hídrica, redundando em escassez de alimento. Em condições como estas, ou mesmo mais amenas, as raças autóctones e os animais SRD (sem raça definida), representam importante ferramenta para a estruturação de sistemas de produção eficientes.

Também nas zonas mais úmidas, onde as endoparasitoses representam sério problema sanitário, os animais SRD apresentam boa adaptabilidade, em função da seleção natural desencadeada ao longo dos anos. Os animais resistentes persistiram, os frágeis foram ficando pelo caminho, evitando-se a proliferação de seu material genético.

Todavia, a tendência dos criadores é eliminar os animais SRD e introduzir raças exóticas, as quais, na maioria das vezes, não apresentam a eficiência produtiva esperada, demonstrando alta suscetibilidade às doenças. Portanto, a utilização desses genótipos deve ser feita com cautela. Uma coisa é criar pequenos rebanhos de ovinos, em condições semi-intensivas, com suplementação alimentar; outra, totalmente diferente, são os rebanhos comerciais numerosos, dependentes do pasto e mantidos à mercê das intempéries.

Uma solução para compatibilizar produtividade com adaptabilidade, é o uso dos cruzamentos. Mas é fundamental que sejam devidamente planejados, enfatizando-se o cruzamento industrial, através do qual se mantém a linha materna sempre pura. A absorção do material genético rústico não é admissível, pois jogaria por terra todo o princípio técnico envolvido. Nos sistemas de produção de carne, trabalhar-se-ia com as raças européias, sobre ovelhas SRD, ou de qualquer raça.

As raças deslanadas também desempenham importante papel na maximização da eficiência dos sistemas de produção de carne no Brasil. O cruzamento absorvente só deverá ser utilizado quando, conscientemente, se pretender aumentar o contingente de raças cuja disponibilidade de matrizes seja pequena.

Finalizando, ressaltamos uma vez mais que jamais dever-se-á criar uma determinada raça, sem que haja um embasamento técnico por trás. Criar tal genótipo por achar bonito, não é justificativa. Cuidado com a escolha: se for errada, todo o sistema estará definitivamente vulnerável, tendendo ao absoluto insucesso.

O curso "Raças e Cruzamentos de Ovinos", produzido pelo CPT- Centro de Produções Técnicas, sob a coordenação técnica do professor Dr. Edson Ramos de Siqueira, apresenta informações importantes para ajudar o criador na escolha da raça de seu plantel.

 

Professor Doutor Edson Ramos de Siqueira
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
UNESP, Botucatu - SP

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