
A criação de ovinos tem despertado o interesse de produtores em todo o país, sobretudo no Nordeste, região que concentra mais da metade de todo o rebanho ovino brasileiro. Ao longo dos anos, a atividade só cresce e se fortalece também nas outras regiões, tornando-se importante no cenário da pecuária nacional.
Edson Ramos de Siqueira, professor do Curso CPT Criação de Ovinos de Corte, destaca que os produtos de origem ovina possuem grande potencial de mercado, principalmente, nos grandes centros urbanos. Para viabilizar o sistema de produção desse tipo de produto, o criador deve, porém, preocupar-se em garantir a qualidade aos consumidores.
Ao escolher a criação de ovinos, o pecuarista tem que direcionar a sua produção, isto é, a criação deve ter um foco específico: produção de carne, pele ou lã. Dessas três, é possível aproveitar também o leite ou, ainda, escolher criá-los com a finalidade leiteira.
Igualmente importante, definir a raça também possui papel decisivo no sucesso da criação, dado que algumas raças são mais adequadas ao tipo de criação escolhido. Essa definição também é importante em relação às condições do ambiente de que o criador dispõe para sua criação, pois a raça definida deve ser a que se adapte melhor a esse ambiente.
A criação de ovinos com a finalidade de corte, ou seja, produção de carne, deve ser feita em boas pastagens, o que permite criar as mais aperfeiçoadas raças de carne, como a Hampshire, a Suffolk, a Southdown e a Lincoln, criadas em regime intensivo de pastagens e com rações, grãos e concentrados.
Pastagens de caráter “médio”, permitem a criação de raças com a finalidades mistas, menos “especializadas”, como as raças Corriedale e Romney Marsh. Criações extensivas, em regiões com pastagens mais defasadas ou pobres, só permitem a criação de ovinos de pequeno porte e com finalidade de produção de lã fina, como a raça Polwarth e a raça Merino.
Produtos da ovinocultura
Como dito, são quatro os principais produtos da ovinocultura:
Lã
Para criações do tipo extensivas e que se localizam mais distantes do mercado consumidor, recomenda-se a produção de lã, permitindo também a produção de carne, mas como finalidade secundária.
Para não perder a lucratividade com a produção, o mais indicado é criar uma única raça e animais que sejam puros, pois animais mestiços apresentam irregularidade no valor da lã e podem trazer prejuízos ao criador.
Carne
Para comércio da carne, há duas possibilidades:
- Vender animais adultos e de grande peso para abatedouros;
- Vender animais novos, criando raças precoces.
Para abate, é possível comercializar machos e fêmeas, além de estar permitido o cruzamento entre as raças, obtendo-se animais mestiços. A criação com finalidade de corte depende diretamente da alimentação dos animais, do controle e manejo das pastagens e do aproveitamento racional. O rendimento é de aproximadamente 50%, na maioria dos casos.
Pele
A raça mais indicada para essa finalidade é a Karakul, produtora da pele “Astracã”, muito conhecida e obtida dos cordeiros, logo após o nascimento. Também há a possibilidade de cruzá-la com ovelhas crioulas, o que vem produzindo resultados satisfatórios. Os ovinos deslanados podem ser criados tanto para a produção de pele, quanto para a produção de carne.
Leite
A produção de leite varia de acordo com a espécie, as condições ambientais e o manejo dos ovinos. Como mencionado, pode ser uma produção secundária, mas também pode ser o foco principal, dependendo de dedicação do criador. As raças especializadas na produção leitera são: Bergamácia, Wiltermach, Laucane e Romney Marsh.
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Alimentação de Ovinos de Corte
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Fonte: Rural News – ruralnews.com.br
por Renato Rodrigues

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