Edson Ramos de Siqueira, professor do Curso CPT Formação e Manejo de Pastagem para Ovinos, destaca que as pastagens constituem a base natural da alimentação dos animais ruminantes, sendo considerada a principal e mais econômica fonte de nutrientes, em virtude da capacidade desses animais de ingerir e digerir alimentos fibrosos.
Nesse contexto, a escolha de uma pastagem que seja é adequada à ovinocultura é essencial para o sucesso dessa atividade, visto que a produção de carne e leite de um rebanho ovino está diretamente relacionada à qualidade nutricional e à disponibilidade dessas forragens para os animais.
Partindo-se desse conhecimento, o entendimento de como escolher o pasto ideal e de quais são as principais pastagens para esses animais torna-se essencial para os ovinocultores. A seguir, apresentamos essas informações:
A escolha da melhor pastagem
Em primeiro lugar, três pontos cruciais serão responsáveis por guiarem o ovinocultor em relação à escolha do pasto ideal: o comportamento, os hábitos de pastejo e as necessidades nutricionais dos animais. Em decorrência desses pontos, algumas características das pastagens despontam como sendo necessárias, como o porte (que deve ser pequeno ou médio), o hábito de crescimento (que deve ser rasteiro e/ou prostrado) e a boa capacidade de rebrota.
Erros que devem ser evitados
Observadas as características necessárias das pastagens, é importante, entretanto, que o produtor esteja atento a algumas forrageiras comuns que as apresentam, mas que não são adequadas ao consumo pelo fato de poderem acarretar problemas com a sua utilização: swanne bermuda, pasto negro e missioneira, que não são muito desejadas pelos animais; e brachiaria decumbens e brachiaria ruziziensis, que favorecem a ocorrência de fotossensibilização nos ovinos.
Outro erro comum está relacionado à escolha da forrageira sem a execução de ajustes que sejam necessários, como o manejo dos pastos e dos animais, a adubação e as práticas de conservação da forragem, o que pode significar um pasto com menos qualidade e, consequentemente, menos efetivo.
Principais forrageiras para ovinos
Capim “coast-cross” (Cynodon dactylon)
O coast cross é uma gramínea perene e não rizomatosa, com crescimento prostado e grande resistência ao pastejo e ao pisoteio. Além disso, produz matéria seca em boa quantidade e apresenta alto valor nutritivo, podendo ser utilizada também para a produção de feno ou de silagem.
Grama-estrela (Cynodon nlemfuensis)
Os atributos que classificam essa gramínea como relevante para a ovinocultura são a capacidade de fácil estabelecimento, o grande potencial de produção de biomassa e a alta palatabilidade. Também representam uma vantagem para a propriedade, uma vez que se adaptam a vários tipos de solo e garantem boa proteção a eles contra a erosão.
Capim Tifton 85 (Cynodon spp.)
Boa capacidade de cobertura do solo, boa produção de massa de forragem, alta digestibilidade e alta produtividade colocam o capim tifton em posição de destaque para ser utilizado na ovinocultura. Soma-se a isso o fato de que ele é perene, estolonífero e rizomatoso, tornando-se uma planta mais resistente à seca e ao frio.
Grama Pensacola (Paspalum saurae)
Adaptável a climas tropicais e subtropicais, a grama pensacola é de origem argentina e apresenta porte médio. Pode ocupar bem todo o terreno facilmente e produz grande quantidade de matéria seca por hectare anualmente. Outro benefício de sua utilização está na redução dos custos com a formação da pastagem, por ser implantada a partir de sementes.
Capim Aruana (Panicum maximum)
O capima aruana desponta como uma boa opção para a ovinocultura brasileira, conseguindo atingir boa capacidade nutritiva para esses animais, indicada na produção intensiva de ovinos e com boa capacidade de rebrota. Todavia, vale ressaltar que há a necessidade de estabelecer um manejo correto para garantir que ela produza os resultados esperados.
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Fontes: SOESP – sementesoesp.com.br
Rural Pecuária – ruralpecuaria.com.br
EMBRAPA – embrapa.br
por Renato Rodrigues
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