Agostinho nasceu em Hipona na Tunísia. Depois de uma vida pagã, mudou-se para Roma e dedicou-se à vida eclesiástica, tornando-se Santo Agostinho. O esforço do filósofo deu-se no sentido de dar ao conflito fé e razão uma espécie de harmonia.
“O autor situa-se no período da chamada filosofia patrística, quando os padres medievais, fundados nas epístolas apostólicas, rechaçavam a legitimidade da razão em nome da fé”, afirma Prof. Dr. Fábio L. R. Simão, do Curso CPT Fundamentos da Filosofia.
Hegemônicos, os patrísticos não tinham maiores dificuldades para sustentar suas argumentações. Através das chamadas disputas, eles propunham que quaisquer conflitos entre fé e razão deveriam ser resolvidos a partir da observância às sagradas escrituras.
Santo Agostinho posiciona-se um pouco distante dessa forma inflexível dos patrísticos. Para o filósofo de Hipona, fé e razão poderiam ter uma relação harmônica; aliás, segundo ele, só iluminada pela fé haveria a verdadeira razão, e, quanto mais a razão indagasse, mais alcançaria as verdades que a fé já sugerira.
No seu sermão 43, Santo Agostinho resume essa ideia quando afirma que a crença permite a compreensão e compreender faz crer melhor. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1996, p.
Assim, a compreensão (razão) fortalece a crença (fé) e esta ilumina aquela, porque lhe impõe caminhos e questionamentos, a fim de legitimar-se. Uma relação harmoniosa, como dissemos.
Conheça os Cursos CPT da Área Metodologia de Ensino.
Por Silvana Teixeira.
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.