Os professores envolvidos com a inclusão devem ter, no mínimo, conhecimentos básicos sobre as características de cada deficiência, pois muitas delas só são de fato detectadas quando o aluno vai para a escola. “Enquadrar os alunos como deficientes pode ser perigoso, pois, para ser vítima de preconceito, basta fugir um pouquinho dos padrões da normalidade”, afirma Emiliane Rezende, professora do Curso a Distância CPT Educação Inclusiva e Educação Especial.
Os professores precisam conhecer, observar e, com muita cautela, sugerir encaminhamentos para outros profissionais, depois de esgotadas as tentativas dentro da sala de aula. Professor não diagnostica aluno com uma ou outra deficiência. Ele observa, busca alternativas, tenta compreender,
para depois, sem alarde, sugerir outras intervenções, quando for realmente necessário. Agindo dessa forma, evita-se uma tendência que surgiu após o movimento inclusivo que é a de os professores e a escola, em geral, tentarem passar a responsabilidade pela aprendizagem do aluno para outros profissionais.
O professor comprometido com a educação e com o bem-estar de seus alunos quando suspeita que algum deles tenha um tipo de deficiência ou outra desordem qualquer, pesquisa, se informa, observa, para depois comunicar ao coordenador pedagógico da escola que organizará uma reunião formal para comunicar aos pais as questões observadas em sala de aula tais como:
- Atenção/dispersão;
- Relacionamento com os professores e colegas,
- Inquietação ou apatia;
- Autonomia/dependência;
- Agilidade/lentidão;
- Resposta aos conteúdos propostos etc.
Todos os membros da escola, sem exceção, devem estar muito atentos e precisam ser orientados em relação à forma de se referir tanto aos alunos com deficiência quanto aos sem deficiência. Termos pejorativos como doidinho, ceguinho, mudinho, aleijado, doente, aluado, mongol, pinel, tortinho, entre tantos outros, podem ser deletados da memória de todos os funcionários da escola, para evitar que os alunos ouçam e, consequentemente, reproduzam.
Quando um aluno se referir ao outro utilizando algum dos termos mencionados, a escola precisa se posicionar, a fim de evitar constrangimentos ao aluno deficiente e orientar o aluno ofensor (mesmo que não haja a intenção da ofensa) a não utilizar termos desagradáveis que firam a autoestima do colega. Ensinar a respeitar beneficia toda a escola e gera pessoas melhores.
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Por Silvana Teixeira.
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