O que descartamos é composto de materiais tratados de acordo com a classificação que recebem. Nem tudo vai para o aterro sanitário, ele recebe apenas a parcela que não pode ser reciclada. Os resíduos sólidos urbanos são divididos em comuns ou domiciliares, públicos e especiais. Essa classificação ajuda a entender melhor o caminho que o lixo produzido pela cidade percorre ao sair das casas, indústrias, hospitais e comércio, bem como ensina a destiná-los da forma adequada. Mas, quais as características dos tipos de lixo e quais são e quais não são recicláveis?
O resíduo comum é formado pelos lixos provenientes de residências, prédios públicos, comércio e escolas. Seu principal componente é a matéria orgânica. Há também uma grande parcela de material reciclável, o que reduz a quantidade de rejeitos. O papel, o papelão e o plásticos são exemplos de materiais recicláveis. No caso do papel, a reciclagem poupa árvores de serem cortadas. As latinhas, cuja matéria-prima é a bauxita, também estão muito presentes no lixo domiciliar e sua reciclagem também beneficia a preservação ambiental. “Para cada tonelada de latas de alumínio reciclada, evitamos a extração de 5 toneladas de bauxita, um mineral que não se renova na natureza”, informa a engenheira-arquiteta Maeli Estrêla Borges, professora do curso Aterro Sanitário – Planejamento e Operação, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Quanto ao lixo público, ele é o resultado dos trabalhos realizados pelo serviço de limpeza urbana, como a limpeza de ruas e praças, podas de árvores, retirada de lixo de rios e córregos, entre outros. Já os resíduos especiais recebem duas subclassificações. Uma é formada por aqueles com grau de risco, ou seja, resíduos biológicos, químicos ou rejeitos radiotivos (de estabelecimentos de serviço de saúde por exemplo), e os resíduos da construção civil, chamados de entulhos. A outra classificação é a industriais, são representados por resíduos altamente perigosos, como elementos corrosivos, inflamáveis e tóxicos.
O curso CPT também ensina aspectos importantes sobre a matéria-orgânica, o peso específico, a composição química e a decomposição biológica do lixo.
Matéria orgânica
No que diz respeito à matéria orgânica, ela pode compor a metade ou até mais da metade do lixo domiciliar. Depois de reciclada, ela pode ser aplicada à agricultura. A matéria orgânica, ao entrar em decomposição, gera o metano, que é um gás tóxico, e o chorume, um líquido altamente poluidor. “Portanto, se nós dermos uma solução global para o problema do lixo, em termos de destinação, utilizando cada tipo de componente naquilo que pode ser aproveitado ou transformado, nós vamos ter um percentual pequeno de rejeito, que deve ser eliminado em aterro sanitário e em condições de menor complexidade”, explica Maeli Estrêla Borges.
Peso específico do lixo
Já o peso específico do lixo é o peso do lixo em suas condições normais, na forma que apresenta quando é recolhido, sem passar por qualquer processo, como a compactação por exemplo. Ele é dado em kg/m3, essa informação é importante porque influencia no planejamento da frota de carros que efetua a coleta do lixo. Além disso, a professora acrescenta que “através do peso específico, pode-se avaliar o grau de evolução sócio-econômica de uma comunidade, onde, quanto menor o peso específico do lixo, maior o nível de desenvolvimento desta comunidade”.
Composição química do lixo
Para o conhecimento da composição química do lixo, são analisados os seguintes itens:
– Poder calorífico;
– Sólidos voláteis;
– Material fixo;
– Umidade;
– Teor de nitrogênio;
– Teores de K, P, C, S, H, Cl, O2, etc.
Conheça outras informações a respeito dos tipos de lixo, acessando o curso CPT, Aterro Sanitário – Planejamento e Operação. Aprenda também sobre geração de lixo e limpeza urbana; destinação final do lixo; construção do aterro e impactos ambientais; processamento do biogás; entre outros assuntos.
Por Luci Silva
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