“Os riscos de incêndio florestal aumentam significativamente durante o período de estiagem. Por esse motivo, devem ser realizadas medidas preventivas para evitar as queimadas, como treinamento de produtores rurais, campanhas de conscientização da sociedade, além do monitoramento contínuo realizado pelos brigadistas e voluntários”, afirma Guido Assunção Ribeiro, engenheiro florestal e professor do Curso CPT Formação e Treinamento de Brigada de Incêndio Florestal.
Vale destacar que incêndio florestal corresponde ao fogo fora de controle em florestas, plantações e pastagens. Independentemente de onde ocorra, ele causa prejuízos imensuráveis à biodiversidade, como destruição da fauna e da flora local, além de impactar no ciclo do carbono e ciclo hidrológico. Sem falar nos prejuízos econômicos e riscos às pessoas e aos animais domésticos.
Além de dizimarem extensas áreas de vegetação nativa, os incêndios florestais varrem por completo pastos, plantações, bem como edificações urbanas e rurais. No meio rural, quando não controlados, eles podem atingir instalações rurais, galpões, celeiros, currais, galinheiros, pocilgas, viveiros, armazéns, depósitos, silos, além de propriedades rurais.
No meio urbano, as queimadas colocam a vida humana em sério risco, assim como a saúde, pois a fumaça e os resíduos do fogo causam problemas respiratórios, como asma e bronquite. Sem falar nas náuseas, tonturas, dores de cabeça, bem como irritação nos olhos e na garganta. Além de causar alergias e intoxicações.
Segundo estudos, no Brasil, 95% dos incêndios florestais têm como causa a ação do homem. Daí a extrema necessidade de se evitar práticas negligentes, como queima proposital em pastos e lavouras, fogueiras em florestas, soltura de balões em festas comemorativas, ou ainda queima de resíduos urbanos e industriais.
Afinal, o combate ao incêndio florestal é tarefa complexa, que requer treinamento dos brigadistas de incêndio, além do uso de equipamentos de segurança. Segundo o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, os incêndios florestais constituem crime ambiental, que resulta em multa e prisão até quatro anos.
Como prevenir incêndios florestais durante a seca:
->Antes de fazer uma fogueira, capinar a vegetação ao redor;
->Apagar a fogueira com água ou terra antes de sair do local;
->Monitorar as crianças para não mexerem em fósforos e isqueiros;
->Realizar aceiros em torno das edificações e instalações rurais;
->Preferir práticas, como roçada manual ou mecânica, bem como plantio direto;
->Fazer a queimada controlada (início da manhã ou fim de tarde) apenas com autorização do IAT - Instituto Água e Terra;
->Realizar campanhas de conscientização tanto no meio urbano como no meio rural;
->Capacitar o produtor rural para se preparar para o controle de incêndios iniciais;
->Manter a brigada de incêndio bem treinada para combater eventuais queimadas.
Conheça os Cursos CPT da Área Meio Ambiente:
Formação e Treinamento de Brigada de Incêndio Florestal
Técnicas de Avaliação de Impactos Ambientais
Restauração Florestal em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal
Fontes: Ibama e Governo de SP
Por Andréa Oliveira
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