Segundo Caetano Marciano de Souza, Doutor em fitotecnia e professor do Curso CPT Técnicas Mecânicas de Conservação de Água e Solo, o solo é a fonte de nutrientes e de água para as plantas, além de ser o elemento de sustentação, que possibilita o estabelecimento e o desenvolvimento das várias culturas no setor agropecuário. Quando cuidado de forma natural, o solo viabiliza a produção de alimentos saudáveis e de qualidade.
Preservar a vegetação nativa
No Brasil, a Lei Nº 12.651/12 protege a vegetação (nativa ou não) nas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Uma prática que segue essa legislação é a manutenção da vegetação no topo de morros e encostas. Além de reduzir o impacto das gotas da chuva no solo, isso permite que a água infiltre mais lentamente no solo. Já em áreas sem vegetação esse impacto da água causa a erosão e a desagregação do solo.
Fazer o manejo biológico
No manejo biológico do solo, são utilizados microrganismos benéficos para reduzir e prevenir a ocorrência de doenças e pragas nos cultivos. No processo, fungos ou bactérias desenvolvem uma relação simbiótica com plantas cultivadas, sem que um prejudique o outro. Com isso, o produtor pode reduzir a aplicação de agroquímicos na lavoura e diminuir os impactos negativos no meio ambiente, em especial no solo.
Esse tipo de manejo é amplamente utilizado na agricultura orgânica, que é fundamentada no cultivo sem uso de defensivos e fertilizantes químicos. Entretanto, nos últimos anos, a técnica tem sido adotada na agricultura convencional, pois contribui com a conservação do solo, além de beneficiar a micro e macrobiota do solo. Como exemplo, temos o uso de produtos biológicos à base de trichoderma, uma espécie de fungo que vive no solo.
Plantar em curva de nível
Na curva de nível, o produtor faz recortes cartográficos, que ligam dois pontos com mesma altitude no terreno. O principal objetivo dessa técnica é prevenir a erosão do solo. Sem falar que ela possibilita o uso racional da água, que infiltra no solo sem que escorra pela declividade do terreno. Com isso, o produtor também reduz os custos com irrigação e garante a conservação do solo.
Fazer a adubação verde
Na adubação verde, o produtor planta espécies vegetais, como gramíneas e leguminosas, que melhoram as condições biológicas, físicas e químicas do solo. No caso das leguminosas, elas se associam às bactérias fixadoras de nitrogênio do ar que, por sua vez, o transfere para as plantas cultivadas em consórcio ou subsequentes. Já as gramíneas têm a vantagem de apresentar longas raízes e podem ser cultivadas em consórcio, rotacionadas com outras culturas ou como pré-cultivo.
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Fonte: Ciclo Vivo
Por Andréa Oliveira
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