
Márcio Mota, professor do Curso CPT Irrigação em Pequenas e Médias Propriedades, destaca que a irrigação é uma técnica capaz de proporcionar o aumento da produtividade e da qualidade dos produtos agrícolas, sem falar da redução dos riscos de perdas da produção, ocasionados por períodos de estiagem.
Além de utilizar a água, a irrigação é uma das práticas que mais consomem, também, energia elétrica. E, da mesma forma que é possível otimizar o uso da água, a energia também pode ser economizada. Para isso, é necessário que o produtor conheça bem o assunto e todos os fatores que contribuem para o aumento no consumo.
O consumo de energia elétrica no sistema de irrigação
Para começar a entender como funciona a eletricidade na irrigação, é necessário conhecer, antes, alguns conceitos relacionados à energia.
- Energia elétrica ativa: é a energia que pode ser convertida em outra forma de energia, utilizada por um equipamento para que ele possa executar as suas “tarefas”;
- Energia elétrica reativa: essa, por sua vez, circula entre os campos elétricos, mas não produz trabalho.
- Fator de potência: para que a maior parte das cargas instaladas nas propriedades possam funcionar, elas consomem energia reativa indutiva e precisam de um campo eletromagnético, expresso em três tipos de potência, quer seja a ativa, quer seja a reativa, quer seja a aparente ou total.
Plaqueta do motor elétrico
A plaqueta do motor elétrico serve para indicar uma série de parâmetros que permitem ao produto calcular e determinar o consumo de energia desse motor. Dentre os dados contidos nele, a potência nominal do motor elétrico, a tensão nominal do motor ou voltagem, a corrente nominal de operação e o fator de serviço, são alguns dos principais.
Quadros de comando ou chave de partida dos motores
Quando acionados, os motores podem exigir grande quantidade de energia para que possam funcionar, o que tem potencial para prejudicar o sistema de uma rede elétrica. Por conta disso, chaves de partida ou quadros de comando são algumas das opções disponíveis para que esse impacto seja compensado e, consequentemente, diminuído. Para escolher o melhor quadro de comando ou a melhor chave de partida, recomenda-se solicitar o auxílio de um profissional capacitado.
Cálculo do consumo de energia
Por se tratar de um assunto técnico, o consumo de energia às vezes não é totalmente compreendido pelo produtor, o que também é capaz de fazer com que se gaste mais energia. Contudo, alguns conceitos e regras podem ser entendidos para que se realize o cálculo do consumo de forma efetiva. Para tal, é imprescindível que se conheça em qual grupo de modalidade tarifária a sua propriedade se encaixa, o que pode ser detectado na própria conta de energia.
Maneiras de evitar prejuízos com a energia elétrica
Alguns dos principais prejuízos financeiros encontrados nas contas de energia dos irrigantes estão relacionados com multas e outros fatores que podem ser eliminados. O ideal é que se estude se a modalidade tarifária é adequada para cada situação. Isso envolve avaliar a demanda contratada e a demanda ativa de ultrapassagem.
Modelos de energia
Em todo o país, há um número extenso de concessionárias, que calculam suas tarifas de formas distintas. A partir da conta recebida, deve-se analisar todo o demonstrativo de faturamento para que se tenha uma visão total do seu consumo. A organização dos itens também contribui para um melhor entendimento dela.
Data e hora do medidor
Para que a cobrança em sua conta de energia não seja indevida, a data a e hora são dois indicadores que precisam ser checados constantemente nos medidores. Quando eles apresentam divergência, há a possibilidade de registrar o consumo de forma indevida ou até de não o registrar, o que torna o monitoramento regular desses dados indispensável em todas as propriedades.
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Irrigação em Pequenas e Médias Propriedades
Manejo de Irrigação – Quando e Quanto Irrigar
Projeto de Irrigação Localizada
Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Irrigação: gestão de água e energia elétrica. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: Senar, 2019. 84 p; il. 2
por Renato Rodrigues

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