
O autopropelido é um equipamento que realiza irrigação por aspersão e que se adapta bem à maioria das culturas. Pode ser utilizado, também, para a fertirrigação com vinhoto e dejetos de animais, diluídos em água. "Realiza a irrigação por meio do deslocamento promovido pela própria energia hidráulica da água que aciona uma turbina (alguns modelos utilizam um sistema de pistão hidráulico acionado pela água) que é responsável pelo deslocamento do equipamento", afirma Carlos Henrique Ramalho Ferenc, professor do Curso a Distância CPT Projeto de Irrigação por Aspersão, em Livro+DVD e Curso Online. Assim, podemos dizer que a mangueira de polietileno de média ou de alta densidade (PEMD, PEAD) corresponde à linha lateral do equipamento e cada passada corresponde a uma faixa irrigada no terreno.
O equipamento possui o carretel-enrolador no qual a mangueira fica recolhida. No momento de fazer a instalação, será necessário tracioná-la com um trator. Nesse momento, é muito importante ficar atento para não usar velocidade de deslocamento incompatível com a estrutura do equipamento, principalmente para os modelos equipados com painel eletrônico de programação. O ideal recomendado é que a velocidade de deslocamento seja inferior a 5 km/h. Ao definir o espaçamento entre as passadas, deve-se levar em consideração a necessidade de sobreposições nas passadas, visando obter uma boa uniformidade de distribuição da água. A faixa de sobreposição deve ser definida em função da velocidade do vento e do diâmetro molhado do aspersor tipo canhão.
O dimensionamento de um autopropelido segue, basicamente, o mesmo roteiro utilizado para a aspersão convencional, no que se refere à determinação da lâmina de irrigação e ao dimensionamento hidráulico do equipamento que deverá ser realizado com base nos valores obtidos para os seguintes itens:
• Vazão do aspersor;
• Pressão de serviço do aspersor;
• Altura do aspersor;
• Diferença de nível entre os extremos da faixa;
• Perda de carga na mangueira e na turbina (fornecidas pelo fabricante do equipamento);
• Perda de carga na linha principal;
• Diferença de nível entre a tomada d’água e a entrada da área;
• Altura de sucção;
• Perda de carga localizada (5% do somatório das demais perdas).
A altura manométrica total será determinada pela soma de todos os itens anteriores exceto a vazão do aspersor e a potência da motobomba deverá ser determinada pela mesma equação utilizada para sistemas convencionais. A principal diferença está na definição das áreas no final e no início das faixas que acabam por ficarem subirrigadas pelo equipamento. Isso ocorre porque com o sistema em movimento a lâmina aplicada será menor na extremidade da área e vai aumentando até se tornar constante a uma distância igual ao raio molhado pelo aspersor. A mesma coisa acontece no final da faixa do terreno irrigada pelo autopropelido. Para reduzir o problema, recomenda-se deixar o equipamento funcionando parado, no início e no final do percurso, por determinado tempo.
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Por Silvana Teixeira.
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