Os escritórios de trabalho são o nosso segundo lar. São neles que passamos junto com nossos colegas de trabalho a maior parte do tempo, bem maior do que passamos com nossas famílias. Mas, atualmente e com as leis que nos asseguram, este tempo que passamos dentro de um escritório não é de tudo ruim. Difícil mesmo deveria ser trabalhar como nos tempos antigos, sem um salário justo ou qualquer perspectiva de evolução na carreira.
No princípio, os escritórios eram como salas de contabilidade. O escritório moderno nasceu como uma espécie de depósito onde uma ou duas pessoas organizavam as contas da fábrica a todo vapor no século XIX.
Hoje, a tecnologia evoluiu do vapor para a internet, e a antiga sala de contabilidade virou um arquivo na nuvem.
A relação entre trabalhadores e o espaço de trabalho não era muito harmoniosa. E, o escritório só foi emancipado do depósito de trabalho devido ao aumento da complexidade das indústrias, na primeira metade do século XX.
Nessa época, os espaços imitavam a linha de produção industrial: salas amplas onde escriturários, secretárias e contadores formavam uma “fábrica de processos”, onde as funções eram repetitivas e organizativas. O empregado não tinha uma individualização, pois nesta época era desnecessário.
Nos anos de 1960, a máquina chegou ao escritório. As ancestrais dos computadores automatizaram processos, diminuindo a necessidade de mão de obra. O espaço ficou menor e, os diferentes departamentos, mais próximos.
Percebendo esta mudança, o designer e inventor Robert Propst propôs um modelo para dar privacidade ao profissional e melhorar a organização do local. Nascia, assim, com a melhor das intenções, o “action office”, conhecido como cubículo.
O problema foi que a privacidade prometida acabou virando isolamento. Desde então, as baias foram diminuindo de altura até que os cubículos transformaram-se em estações de trabalho, disposição mais comum em escritórios até hoje.
A novidade das estações foi a integração social entre os funcionários. Ao valorizar espaços coletivos, os departamentos de recursos humanos perceberam um aumento do bem-estar dos profissionais, com efeito positivo sobre a produtividade.
Os benefícios da convivência no trabalho:
Hoje, com a possibilidade de fazer quase todo o trabalho burocrático a distância, a função que restou ao escritório foi a socialização. Com isto, surge o conceito “living office”, que promove o máximo de interação social possível.
E também buscando este contato humano que os “coworkings”, escritórios onde pessoas que não têm que estar em um escritório trabalham, estão se tornando tão populares, fugindo assim do isolamento.
Por: Ana Carolina dos Santos.
Fonte: Folha de São Paulo.
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