As empresas consideradas familiares são muito comuns em nosso país. Quem investe nesse tipo de empresa têm buscado focar, cada vez mais, na sobrevivência, uma vez que há uma série de fatores que podem interferir no andamento e nos resultados, tanto positiva, quanto negativamente.
Eduardo Rezende, professor do Curso a Distância CPT Planejamento Patrimonial Sucessório por Meio de Holding, explica que as empresas familiares, além de todos os processos comuns às outras empresas, envolvem processos específicos e que requerem a atenção de seus empreendedores.
A sucessão, por exemplo, é um processo determinante em empresas familiares. Isso porque ela pode levar a empresa a dois caminhos completamente diferentes: o da falência ou o do renascimento.
Para que a empresa encontre o caminho do renascimento ou continue seguindo “em linha reta”, é preciso que dois fatores sejam encarados como principais: a sucessão, anteriormente citada e que deve ser planejada; e o programa de profissionalização.
No que diz respeito à falta de profissionalização, um dos desafios mais comuns é que os gestores entendam que família é família e empresa é empresa. Mas, isso não significa que os familiares não devem trabalhar, dando lugares a pessoas “de fora”.
Nesse ponto estamos nos referindo à capacitação do profissional que vai se tornar um colaborador. É necessário definir critérios para que se ingresse e permaneça na empresa, para que, a partir deles, seja possível escolher os funcionários. A manutenção da estrutura da empresa também é ponto-chave, uma vez que muitas empresas apresentam uma “bagunça organizacional, que dificulta o funcionamento das atividades da firma.
Voltando ao ponto da sucessão, ela também precisa ser orientada a partir de alguns critérios, além de ser aprovada pela família. Em alguns casos também é possível que clientes ou fornecedores exerçam alguma influência na escolha.
Esses são alguns dos principais pontos negativos em relação à sucessão:
- Falta de vocação e dificuldade na escolha e treinamento de sucessores;
- Divergências entre fundador e sucessor, no que concerne às visões estratégicas;
- Fundador que não fez e não sabe a importância do planejamento da sucessão;
- Sucessores que não são bem aceitos pelo restante da família;
- Conflitos entre os membros da família.
É importante que o fundador pense, desde o início da empresa, no seu possível sucessor, para que haja um planejamento. Conflitos entre familiares, entre funcionários, entre o fundador e outras pessoas são comuns e estarão presentes em qualquer empresa.
Porém, de forma a minimizá-los, recomenda-se realizar atividades de treinamento e comunicação para os familiares, visando um equilíbrio interno de conhecimentos e a elaboração de um conjunto de regras de convivência, envolvendo todos os membros para que haja comprometimento.
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Fonte: Administradores – administradores.com.br
por Renato Rodrigues
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