Durante os últimos cinquenta anos, a literatura sobre a administração participativa e o envolvimento humano na ação empresarial tem sido fértil e extremamente volumosa. Porém, ela não emplacou como deveria. “O discurso é um e a prática é outra. Mesmo nos países mais desenvolvidos, industrializados e de tradição democrática - como Estados Unidos, por exemplo - a administração participativa ainda não é aquilo que se espera”, afirma Hélvio Tadeu Cury Prazeres, professor do Curso a Distância CPT Gestão de Pessoas na Pequena Empresa - Parte 1.
Entendemos por participação o envolvimento mental e emocional das pessoas em situações de grupo que a encorajam a contribuir para os objetivos da equipe e do próprio grupo e assumirem a responsabilidade de alcançá-los. Assim, a participação exige três aspectos fundamentais:
a) o envolvimento mental e emocional;
b) a motivação para contribuir;
c) a aceitação da responsabilidade.
A administração participativa tem sido apontada por empresas bem sucedidas, principalmente as japonesas, como a alavanca para o progresso, tendo por base as pessoas. Representa o envolvimento das pessoas na gestão da empresa. No fundo, a administração participativa é uma evolução do processo democrático.
O leitor deve atentar para o fato de que prevalece, na administração participativa, a democracia do consenso. Esse sistema se constitui numa forma de administração onde as pessoas tenham reais possibilidades de participar, com liberdade de questionar, discutir, sugerir e alterar um projeto ou uma proposta. Isso não significa destruir ou anular os centros de poder, pois a administração participativa é compatível com a hierarquia.
As principais bases da Administração Participativa são:
Visão do negócio – É imprescindível que todas as pessoas tenham exatamente a mesma ideia do que a empresa pretende e de qual é a sua missão.
Trabalho em equipe – É o núcleo da administração participativa. Os objetivos individuais devem estar alinhados com os resultados do grupo e com os objetivos organizacionais. As decisões devem ser do grupo mediante consenso e o máximo envolvimento e comprometimento das pessoas.
Desenho dos cargos – Os cargos devem ser desenhados de forma ampla para permitir a contribuição pessoal e grupal mais abrangente possível. A responsabilidade pelo trabalho não termina na descrição individual de cada grupo, mas no final de um processo que envolva outros cargos e outros setores.
Disseminação de informações – O grupo deve ter acesso a todas as informações operacionais do negócio para saber claramente como as coisas estão indo, e qual o seu grau de contribuição para a melhoria do negócio. As informações devem ser compartilhadas para proporcionar sentimento de propriedade e de integral responsabilidade pelas tarefas.
Sistema de recompensas – O reconhecimento torna-se essencial nesse sistema de administração, pois, se os resultados são alcançados pela equipe, nada mais justo que compartilhem também do prêmio ou de algum tipo de participação pelas metas alcançadas.
Quer saber mais sobre o assunto? Leia a(s) matéria(s) abaixo:
- Afinal, o que é gerenciar? Como definir esse conceito?
- CONSENSO: ferramenta vital para a administração participativa
- Especialista: O problema não é ser pequeno, e sim não pensar grande!
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Por Silvana Teixeira.
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