Todas as frutas podem ser ingeridas pelo diabético, mas com moderação, com exceção das uvas, que contêm glicose e não frutose
Se você tem diabetes, você tem um quebra-cabeça para resolver todos os dias. Quando você come, sua glicemia aumenta. Para diminuí-la, você faz atividade física ou toma medicamento ou insulina. Então, você come novamente e o ciclo se repete. Mas você come alimentos de todos os tipos e sua glicemia não aumenta da mesma maneira. Será que o diabético tem de comer os mesmos alimentos todos os dias? Existe uma maneira de saber o que vai acontecer com a glicemia de quem tem diabetes depois que comeu?
Sim, existe uma maneira. A chave é saber que o tipo de alimento e a quantidade que o diabético come é que determinam o quanto e quão rápido sua glicemia se elevará. O carboidrato é o nutriente que mais afeta a sua glicemia. Então, se ele souber quantos gramas de carboidrato está ingerindo, terá uma ideia do que irá acontecer com a sua glicemia. Este é o método que chamamos de Contagem de Carboidratos onde contamos os gramas de carboidrato que o diabético consome nas refeições e nos lanches, proporcionando uma flexibilidade no seu plano alimentar, além de maior estabilidade de sua glicemia.
“A contagem de carboidratos pode ser utilizada em todos os tipos de diabetes, ou seja, tanto naqueles em que se faz controle apenas com alimentação, medicamentos orais, como naqueles em que se usam insulina e bomba de infusão”, afirmam as professoras Rose Pereira de Deus e Cristiane do Nascimento, do curso Alimentação Saudável para Diabéticos, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Objetivos da contagem de carboidratos
Seus objetivos são os mesmos, quer você tenha diabetes tipo 1 ou tipo 2:
- Atingir o melhor controle de glicemia possível. Com a glicemia normal, você se sentirá melhor, além de ter menores chances de desenvolver complicações;
- Manter níveis adequados de colesterol e triglicérides, diminuindo o risco de doenças do coração;
- Fornecer quantidades adequadas de calorias, com base na sua idade, sexo, peso, altura, nível de atividade física e hábitos alimentares. Isso irá ajudar você a manter, ganhar ou perder peso.
Dieta para obesidade/diabetes (diabesidade)
Considerando a frequente associação do excesso de peso nos pacientes diabéticos, o tratamento “agressivo” da obesidade é parte essencial do manejo dos pacientes diabéticos. Pequenas reduções de peso (5% a 10%) se associam a melhora significativa nos níveis pressóricos e nos índices de controle metabólico e reduzem a mortalidade relacionada ao diabetes.
O tratamento da obesidade deve iniciar com a prescrição de um plano alimentar hipocalórico e aumento da atividade física. No entanto, estas medidas usualmente não ocasionam perda de peso sustentada em muitos pacientes. Nesses casos, pode se empregar medicamentos antiobesidade. Na escolha do medicamento, levam-se em conta os possíveis fatores causais da obesidade e os eventuais efeitos colaterais.
Os medicamentos antiobesidade disponíveis são classificados como redutores do apetite, indutores de saciedade e redutores da absorção intestinal de gorduras.
Como proceder à dieta
- A glicose é obtida de diversos alimentos: da sacarose (açúcar da cana), do amido (contido no arroz, batata, cenoura, beterraba, farinhas em geral, mandioca, milho, feijões, entre outros), das frutas (frutose, um açúcar que não faz mal aos diabéticos, desde que não seja consumido em excesso);
- Todas as frutas podem ser ingeridas, com moderação, com exceção das uvas, que contêm glicose e não frutose;
- Para impedir o aumento do açúcar no sangue, devem ser evitados os alimentos que contêm glicose, que entram rapidamente no sangue: açúcar refinado, açúcar cristal, açúcar demerara, mel, açúcar mascavo, rapadura, melado, caldo de cana, balas, sorvetes, refrigerantes, chocolates e doces em geral;
- Observe a composição dos alimentos industrializados. Verifique, no rótulo, os componentes que terminam com o sufixo “ose”, como maltose, dextrose, sacarose, glicose. Eles são açúcares que podem aumentar sua glicemia (quantidade de açúcar no sangue);
- Contrariamente ao que muitas pessoas pensam, o diabético não precisa ter restrições alimentares muito rígidas. Basta fazer uma dieta equilibrada e dividir sua alimentação diária em 6 pequenas refeições;
- Podem ser utilizados adoçantes naturais ou artificiais no lugar do açúcar comum. Os mais utilizados são: aspartame, ciclamato, frutose, sacarina e steviosídeo.
Os adoçantes dietéticos são, em sua maioria, compostos a partir de substâncias não calóricas, naturais ou sintéticas, conhecidas como edulcorantes. Foto: reprodução
Adoçantes
Você sabe a diferença entre ciclamato, sacarina e aspartame? Pode afirmar exatamente o que são edulcorantes? Conhece os edulcorantes calóricos e os não calóricos? Fique por dentro do assunto e saiba como utilizar os adoçantes, sem prejudicar o sabor dos alimentos e, principalmente, a sua saúde.
Os adoçantes dietéticos são, em sua maioria, compostos a partir de substâncias não calóricas, naturais ou sintéticas, conhecidas como edulcorantes. Estes edulcorantes são mais doces que o açúcar branco e responsáveis pelo sabor dos adoçantes de mesa.
Dentro das dosagens permitidas, essas substâncias ainda são uma opção bem mais saudável para o paciente diabético do que o açúcar. Suas particularidades começam na classificação em dois grupos principais: os calóricos e os não calóricos.
As substâncias calóricas (ou edulcorantes calóricos)
- Sorbitol (presente na ameixa, cereja, maçã e pêssego);
- Manitol (presente nos vegetais);
- Xilitol;
- Lactose (açúcar do leite);
- Frutose (açúcar das frutas);
- Malto dextrina (extraída do milho);
- Dextrose.
São mais utilizadas para diluir ou dar textura ao adoçante ou ao alimento dietético, do que propriamente adoçar o produto.
Edulcorantes não calóricos
- Sacarina;
- Ciclamato;
- Acesulfame-k;
- Steviosídeo;
- Sucralose;
- Aspartame (a exceção à regra: apesar de calórico, na dosagem recomendada tem calorias desprezíveis, devido ao seu poder de adoçamento).
Diet e light
“Diet” é sem açúcar e “light” significa que contém menor quantidade de algum dos componentes. Por exemplo: a margarina “light” contém menos gordura, o sal “light” contém menos sódio, refrigerantes “light” contêm menos açúcar, mas não deixam de tê-lo. Sendo assim, dê preferência aos produtos “diet”.
Alimentos “diet” podem ser consumidos à vontade?
Os alimentos “diet” apesar de não conterem açúcar, podem engordar tanto quanto os outros. Chocolates e sorvetes, por exemplo, contêm muita gordura e possuem o mesmo valor calórico dos alimentos “normais”. O excesso de peso pode aumentar a glicemia. Assim, antes de consumir alimentos “diet”, verifique seu teor calórico e observe sua composição. Em caso de dúvida, peça esclarecimento ao médico, nutricionista ou farmacêutico.
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Por Andréa Oliveira
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Comentários
Marcia Parente
22 de jan. de 2013Excelente artigo! Extremamente útil e esclarecedor! Um grande abraço!
Resposta do Portal Cursos CPT
22 de jan. de 2013Olá, Marcia!
Agradecems sua visita e seu comentário em nosso site!
Atenciosamente,
Natália Parzanini Brum