É cada vez maior o número de pessoas que está em busca de uma vida saudável e de dietas que proporcionem benefícios ao corpo. Nas redes sociais o que mais se encontra são pessoas determinadas a mudarem seus hábitos alimentares e tentando motivar a outras pessoas a fazerem o mesmo.
O peganismo desponta como uma nova opção para quem está nessa busca por uma vida saudável. Privilegiando o consumo de produtos naturais e minimizando o uso de sódio e do açúcar na alimentação, esse novo estilo de alimentação tem ganhado cada vez mais adeptos.
Eji Tomimatsu, professor do Curso a Distância CPT Básico de Cozinha, contextualiza que o desenvolvimento do país, a partir dos anos 90, promoveu uma mudança de hábitos das pessoas, trazendo grande crescimento ao setor alimentício. Hoje, vivemos praticamente no mesmo cenário, com o setor alimentício fitness cada vez maior e mais consolidado.
A dieta pegan funde o conceito de dois movimentos: o paleolítico, a partir do qual os adeptos não ingerem comidas industrializadas, açúcares refinados, grãos e produtos com lactose, e o veganismo, que dita aos seguidores uma alimentação livre de produtos de origem animal, como é o caso de carnes, ovo, leite e mel. Essa fusão tem a intenção de aproveitar a melhor parte de cada um desses movimentos para criar uma dieta equilibrada.
No peganismo, a alimentação tem como base as frutas, vegetais, leguminosas, oleaginosas e as proteínas, em especial o ovo e o peixe. Carboidratos que possuam alto índice glicêmico e com glúten são evitados nessa dieta, mas não cortados dela.
Ainda que essa dieta pareça contraditória, seu objetivo principal é dar preferência aos vegetais, usando a proteína apenas para complementar o prato. Na proporção 75% / 25%, os peganistas equilibram o seu prato com vegetais e proteínas, respectivamente. Os alimentos rejeitados pelo veganismo, como a carne, ovos e leite, devem ser de boa qualidade, livre de hormônios e criados em circunstâncias éticas.
O meio ambiente, importante para o movimento pegan é beneficiado quando há uma redução na ingestão desses itens. Isso porque ao aderir ao peganismo, não se escolhe apenas uma forma de se alimentar, como também um novo estilo de vida.
Estudiosos e nutricionistas ponderam sobre a adesão ao novo movimento. Enquanto para uns o peganismo se torna uma dieta restritiva, com o risco de provocar uma desnutrição devido à rotina pobre em proteína e algumas vitaminas de complexo B, podendo, também, ocasionar deficiências de ferro e anemia; para outros, ele aumenta a qualidade da comida a partir da ingestão de produtos naturais e diminuição de itens industrializados e pró-inflamatórios, sendo benéfico para quem possui alguma restrição alimentar, como alergias e intolerância a glúten.
Em todos os casos, a adesão deve ser feita com acompanhamento de um nutricionista, que é o profissional responsável e capacitado para dar ao paciente uma dieta correta a individual. O Conselho Regional de Nutricionistas reforça que se faz necessária a realização de pesquisas e estudos para avaliar os riscos e a eficácia dessa dieta, uma vez que ela é recente e pouco se sabe sobre seus efeitos.
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Fonte: Metrópoles – metropoles.com
por Renato Rodrigues
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