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Um grande projeto na área de fruticultura

De onde vem o potencial da fruticultura?

Equipe do CPT gravando o cultivo do abacaxi na Paraíba com o pesquisador Salim A. Choairy (esq.) da EMEPA.

Equipe do CPT gravando o cultivo do abacaxi na Paraíba com o pesquisador Salim A. Choairy (esq.) da EMEPA.

Quando chegamos a Petrolina, em Pernambuco, tivemos uma surpresa agradável: do aeroporto ao centro da cidade, nos surpreendíamos com o grande número de propriedades rurais com sistema de irrigação, uma agroindústria extremamente desenvolvida, excelentes condições de urbanização da cidade e um comercio dinâmico. Afinal, o pouco que conhecíamos da região Nordeste nos fazia pensar no estereótipo das praias maravilhosas e do interior miserável, flagelado pela seca.

As tomadas gravadas ao longo de 15 dias pelo nosso diretor de fotografia João Estevam Soares, apoiado pelo assistente de produção Márcio Junio de Castro, mostraram que a irrigação é o motor do progresso da região e a fruticultura é a atividade agrícola mais importante.

No Vale do Açu, no estado do Rio Grande do Norte, onde passamos uma semana, também nos deparamos com uma realidade bastante parecida com a existente no vale do São Francisco; porém, há uma diferença: a fruticultura é uma atividade mais recente e está sendo implantada com um nível de tecnologia muito alto. E claro que, nos dois locais, as desigualdades sociais existem, havendo pobreza e exclusão social, resultantes, quem sabe, de um modelo de desenvolvimento inadequado; além disso, percebe-se que a pequena propriedade não tem acesso a tecnologia. Mas, rodando pelas estradas nordestinas, pudemos notar que estas duas regiões estão muito a frente das outras em matéria de desenvolvimento sócio-econômico.

Nos estados do Sudeste e Sul observamos que a fruticultura e uma componente importante do sistema econômico e que, em algumas regiões, chega a ser a principal atividade. Em Santa Catarina a produção de banana cresce dia-a-dia em área plantada e em tecnologia de cultivo, colheita e pós-colheita. No Espírito Santo, o mamão tem sido priorizado pelos órgãos oficiais de pesquisa e extensão rural. No norte do estado de Minas Gerais, novamente a banana aparece como grande personagem da economia.

Por que tudo isto esta acontecendo? Que fatores determinam o desenvolvimento da fruticultura em detrimento de atividades mais tradicionais como a pecuária, a cana-de-açúcar ou o café?

DE ONDE VEM O POTENCIAL DA FRUTICULTURA?

Em todo o mundo - e daí explicamos o crescimento dos mercados interno e externo - as mudanças nos hábitos alimentares são cada vez mais sensíveis; cresce a preocupação com fatores ecológicos e dietéticos, aumenta o número de pessoas que substituem as refeições tradicionais por refeições rápidas a base de frutas e sucos naturais.

Esta mudança acaba refletindo em mudanças nos sistemas de comercialização, principalmente, nos grandes centros. Por exemplo: na década de 70, apenas três por cento das prateleiras dos supermercados eram ocupadas por frutas e hortaliças frescas. Hoje, esta proporção passa de 15%. Além da maior demanda, os supermercadistas perceberam que a comercialização de frutas e altamente lucrativa, gerando entre 25% e 35% de lucro líquido.

No caso especifico da manga, isto fica claro na medida em que, cada vez mais, ela pode ser encontrada no comércio, com ótima qualidade. O aumento da demanda, por sua vez, gera um grande déficit: um estudo realizado pela CODEVASF, em 1989, projeta um consumo interno de 900 mil toneladas de manga, contra uma oferta projetada de apenas 463 mil toneladas. Em nível internacional o mercado potencial e ainda maior por causa da qualidade ainda deficiente do nosso produto, temos apenas 2,73% da produção mundial.

Já o abacaxi, que e uma fruta tradicional brasileira, tem um consumo per capita de apenas 11 kg por ano no país. A abacaxicultura tem enfrentado, ao longo dos anos, altos e baixos em seu desenvolvimento, causados por problemas ligados a falta de adoção correta de tecnologia e oscilações de mercado.

Frutas como a manga e o abacaxi tem mostrado diferentes desempenhos no mercado, como mostra a tabela abaixo, elaborada a partir de um levantamento bianual da evolução do volume comercializado no mercado atacadista do CEASA - MG, em Belo Horizonte.

Ano
Banana*
Manga*
Uva Itália*
Abacaxi*
1985
39.781
4.563
1.760
12.792
1987
50.610
5.099
1.792
23.537
1989
53.126
9.091
1.709
16.556
1991
51.923
6.538
1.988
14.054
1993
61.557
9.673
2.591
4.769

 Fonte: Ceasa: MG - Dept° Técnico. Sessão de Informação de Mercado. *em toneladas

Uma análise mais profunda deste quadro mostra uma clara evolução do consumo destas frutas, mesmo do abacaxi, que teve um desempenho bastante inconstante por problemas de produção. Em menos de dez anos o consumo de manga dobrou, quase acontecendo o mesmo com a banana e a uva Itália. Mesmo o período de maior recessão econômica, em 1991, pouco afetou a evolução da comercialização da manga e da uva Itália.

Os produtores rurais que tem acompanhado, atentamente, as mudanças do mercado de frutas, em nível nacional e internacional, estão investindo na fruticultura, como atividade de alto potencial econômico. Buscam tecnologias alternativas que determinem maior produtividade, permitindo diminuição de custos e conseqüentemente do preço das frutas que, por sua vez, causam a ampliação do mercado. Como aconteceu com o melão, cuja produção nacional cresceu 60% entre 1987 e 1991, apesar de um aumento de apenas 48% da área plantada, o que determina uma melhoria na produtividade de 26%.

Está aqui o que nossa equipe pôde acompanhar nas viagens por todo o país: empreendimentos agrícolas de grande porte investindo no mercado externo; pequenos e médios produtores adotando técnicas avançadas de cultivo, colheita e pós-colheita, para atender a demanda de consumidores cada vez mais dispostos a pagar mais por qualidade; regiões inteiras tendo como base de atividade econômica a fruticultura. E, principalmente, concluímos que a fruticultura, num país como o Brasil, e uma das atividades agrícolas de maior potencial econômico, estando reservado a ela um grande futuro. Clique aqui e conheça os cursos das áreas de Fruticultura do CPT - Centro de Produções Técnicas.

 

MARCOS ORLANDO DE OLIVEIRA
Diretor Geral de Produção do CPT, roteirizou e dirigiu quatro dos nove cursos do Projeto de Fruticultura.

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