No mês de outubro, as mulheres de todo o mundo se unem na prevenção contra o câncer de mama. Quando diagnosticado precocemente, esse mal pode ser combatido com maior eficácia. Por isso, essa campanha vem conscientizar a mulher sobre a importância do autoexame de rotina e da mamografia, de preferência, a partir dos 35 anos. Afinal, o que se espera é um Outubro Rosa pleno de saúde para a mulher.
De fato, são muitos os desafios quando se fala em controle do câncer e mama. Não basta fazer o autoexame e a mamografia, é preciso ter acesso ao diagnóstico e ao tratamento imediato e de qualidade. Ações como a do Outubro Rosa devem ser desenvolvidas durante todo o ano, envolvendo o universo feminino.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é a segunda causa de morte entre as mulheres. Se considerarmos o ano de 2011, mais de 13 mil brasileiras foram vítimas da doença. Mas há também um mal tão cruel quanto o câncer: a violência contra a mulher.
Da mesma forma, devemos dar enfático valor à luta contra a violência, o preconceito e a desigualdade, em todos os seus aspectos que atingem a mulher: gênero, raça, emprego... Não podemos ficar de braços cruzados enquanto descaso e desumanidade assolam as mulheres.
O Outubro Rosa surgiu para conscientizar a mulher sobre a prevenção contra o câncer de mama, mas, na verdade, ele envolve muito mais que isso. Ele envolve ações contra maus tratos e violência (física e psicológica) aos quais muitas mulheres (são e estão) submetidas. Afinal, de que adianta estar saudável fisicamente, se a saúde emocional estiver em frangalhos?
Pesquisas recentes do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) afirmam que, no Brasil, cerca de 5 mil mulheres são assassinadas anualmente. O pior disso tudo é que 40% das mortes foram realizadas por seus parceiros. A maior parte das vítimas é de mulheres negras, entre 20 e 39 anos de idade.
Ainda segundo os estudos do Instituto, cerca de 20 mil mulheres apanham diariamente, fora o abuso que sofrem nos transportes públicos e no trabalho. Devemos sair desse estado de letargia e seguir nossos caminhos lutando sempre pela boa saúde física e emocional da mulher.
Por Andréa Oliveira.
Fontes: OAB/SP e INCA.
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