Usar o flanelógrafo como mecanismo didático é muito eficiente para a transmissão de conhecimentos, por meio da contação de histórias. No entanto, apesar de fácil e prático manuseio, o flanelógrafo exige certa atenção por parte do professor, principalmente no que diz respeito aos detalhes dos personagens escolhidos para a apresentação. Desta forma, ele deverá prestar atenção no texto antes de colorir os personagens ou fazer colagens. Se no texto diz que o coelho é amarelo, ele deverá ser colorido de amarelo. Se acaso a roupa ou sapatos são de determinada cor, siga as indicações do texto.
Material necessário
Livros de histórias infantis;
Cartolina;
Lápis;
Carbono claro;
Caneta hidrocor;
Lápis de cor;
Pedaços de papéis coloridos ou paninhos estampados (se preferir);
Cola;
Tiras de lixa número 100, de 1 cm largura.
Como fazer
1- Escolha os personagens do livro que preferir;
2- Coloque o carbono sobre os desenhos e copie-os com o lápis;
3- Agora, coloque o carbono desenhado sobre a cartolina e, com o lápis, risque nela seus personagens;
4- Depois de riscados, realce os traços com caneta hidrocor;
5- Faça o colorido com lápis de cor ou colagem de papel colorido ou pano. As figuras devem ser coloridas igual às originais;
6- Feito o colorido, colagem ou ambos, recorte cada figura e, no seu verso, cole algumas tiras de lixa (se colar muita lixa, a gravura fica pesada e não adere ao flanelógrafo).
Pode-se usar, ainda, em vez de lixa, pedaços de flanela ou pelon. Usando flanela, colar pedaços grandes no verso da gravura. Se preferir pelon (material para entretela de roupa), escolha aquele que tem cola em um dos lados, e que adere à figura com o calor do ferro elétrico. Nesse caso, você deverá cortar um pedaço de pelon aproximadamente do tamanho da figura. Arrumar a gravura com a face voltada para baixo, colocar a parte de cola do pelon sobre as costas da gravura. Numere as gravuras de acordo com a ordem em que aparecem na história.
Materiais que podem ser usados na confecção das gravuras
- Caneta hidrocor de cores vivas
É facilmente absorvida pelo papel ou cartolina, e com o correr dos anos tende a modificar um pouco a cor. Deve ser usada apenas para o contorno e traços principais da figura, cabelos, olhos e outros pequenos detalhes.
- Caneta esferográfica
Muitas vezes não é absorvida inteiramente pelo papel, borrando a gravura. Por isso, inadequada para esse trabalho.
- O papel fantasia
Com cores lisas, vivas e variadas, é adequado.
- O papel de revistas
O papel de revista é muito bom, pois costuma dar gravuras interessantes. Os recortes de animais, principalmente os maiores, ficam muito bem se feitos o papel de revistas.
- O papel camurça
Tem cores extremamente fortes, é caro, não pega tinta com facilidade e é pesado (a gravura cai do flanelógrafo). Se necessário usá-lo, recomenda-se que seja apenas em pequenos detalhes.
- Papel de presente ou de parede
É bom para recortar e colar. Costumam dar muita vida (como os tecidos) à gravura.
- Tecido
Ótimo para roupas, especialmente os que não desfiam facilmente e não são pesados. Bons também para árvore, pedras etc.
- Creative Paper
É muito utilizado. Algumas gravuras de animais ficam muito boas nesse papel que é firme, dispensando, desse modo, a cartolina. Você desenha a figura diretamente no Creative paper e cola pelon, lixa ou flanela no seu verso.
- Feltro
É bom para fazer copa de árvore, troncos, cobra e outros. Não é essencial.
- Cola de bastão
É fácil de ser usada, não enruga nem suja o papel.
- Cola branca
É bom, especialmente quando se usam papéis mais grossos ou tecidos. Deve-se tomar cuidado para não sujar as gravuras.
A colagem
Se você preferir a colagem, é só passar para o papel colorido ou para o tecido o contorno da roupa, feito em carbono claro. Em seguida, recorte o papel ou tecido para colá-lo à gravura, somente depois que ela já estiver toda colorida. Outras figuras, como alguns animais, ficam ótimas quando feitas com colagem de papel. Colagens com papel de revista ficam muito boas. Escolha propagandas de lã, tecidos, colchas e outros, e tente fazer animais, roupas dos personagens, nuvens etc., com elas.
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Por Silvana Teixeira
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