Antes de chegar à escola, durante alguns anos, podemos dizer que a criança passa por dois processos de educação importantes: o processo de educação familiar e o processo de educação pela mídia eletrônica (MORAN et al, 2000). “É no ambiente familiar que, desde o nascimento, a criança desenvolve suas conexões cerebrais, roteiros mentais e emocionais e linguagens, dependendo da riqueza cultural e emocional oferecida”, afirma Marcos Orlando Oliveira, professor do Curso a Distância CPT Mídias na Educação.
Nos primeiro meses de vida, a criança balbucia seus primeiros sons, causando o encantamento do pai e da mãe. Com o tempo, o carinho e o estímulo, dos pais e dos que cercam a criança, fazem com que se inicie um lento, mas constante, processo de desenvolvimento da percepção sobre as pessoas e os objetos. Inicialmente, essa percepção está voltada às reações dos pais e das pessoas de convívio mais próximo ao choro e ao riso do bebê. Depois o entendimento do sentido de algumas palavras e o reconhecimento das pessoas próximas e dos objetos e suas funções.
Pequenos conhecimentos elementares, adquiridos pouco a pouco, que se tornam pontes para a aquisição de um próximo conhecimento, um pouco mais complexo e assim sucessivamente. O contato com objetos mais simples faz com que a criança desenvolva a capacidade de pegar e manipular. Quanto à fala, primeiro umas poucas palavras são balbuciadas, cercadas de inúmeros significados. Depois, novas palavras vão se associando, de forma progressiva, até que comecem a ser elaboradas frases mais simples. Um processo dinâmico e constante, em que a criança experimenta, aceita ou descarta, elabora e reelabora, cada vez mais, enquanto a interação com o meio material e social se repete e intensifica.
À medida que entende e se expressa melhor, a criança aumenta a interação, incrementando sua capacidade de percepção, experimentação e reelaboração. Um processo contínuo, que não tem fim, na vida de uma pessoa, pautada em conviver, comunicar-se, observar e interagir, construindo e reconstruindo um universo de conhecimentos.
Esse processo, é claro, é muito marcado pela presença da mídia em geral. No caso das crianças, vale destacar principalmente a televisão e o computador. Moran (1995) comenta que a criança aprende a informar-se, a conhecer a si, os outros e o mundo, sentindo, fantasiando, relaxando, vendo, ouvindo e, até mesmo “tocando”, de certa maneira, as pessoas na tela. Na verdade, personagens que são vistos como pessoas, e que acabam convencendo a cada um de nós, e principalmente às crianças, como viver, como ser feliz ou infeliz, amar ou odiar, seguindo estereótipos de comportamentos repetidos e legitimados na tela da televisão ou do computador.
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Por Silvana Teixeira.
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