
“No Brasil, o coqueiro se concentra, principalmente, no litoral nordestino, mas nada impede que seja cultivado em outras regiões distantes do mar. Entretanto, a cultura pode ser acometida por pragas, que impactam negativamente na produção, como a broca do coqueiro (Rhynchophorus palmarum) ou bicudo. Por isso, a importância de um manejo fitossanitário eficiente”, afirma José Inácio Lacerda Moura, Doutor em Entomologia e professor do Curso CPT Controle de Pragas e Doenças do Coqueiro.
Principais características
Na fase adulta, a praga é um besouro de cor preta, que pode chegar a até 60 milímetros de comprimento por 18 milímetros de largura. Outra característica marcante do adulto é uma espécie de bico encurvado, chamado rostro, que pode alcançar 12 milímetros de comprimento. Com hábito diurno, a praga ocorre em qualquer época do ano. Uma única fêmea é capaz de ovopositar cinco ovos por dia, ou seja, 250 ovos por ciclo.
Dos ovos, eclodem larvas encurvadas, com cor creme clara, que constroem casulos com as fibras do coqueiro, de até 10 centímetros de comprimento por 4 centímetros de largura. Quando se tornam pupas, sua cor passa à amarelada.
Principais sintomas
Os coqueiros acometidos pela praga apresentam os seguintes sintomas: fragmentação e má-formação das folhas mais novas da planta. Com o avanço do ataque do bicudo, como também é chamada a broca do coqueiro, todos os tecidos da planta são comprometidos devido ao grande número de galerias cavadas pela broca (larva).
Tipos de controle
O feromônio Rincoforol, junto a iscas de cana-de-açúcar com 40 centímetros de comprimento, trituradas e mergulhadas em melaço de cana com água, atrai a praga até as armadilhas, estrategicamente posicionadas no coqueiral. Estas podem ser distribuídas a cada 500 metros ou 2 a 3 metros por hectare. Quinzenalmente, essas armadilhas devem ser coletadas para exterminar os besouros capturados e receber novas iscas.
Outro tipo eficiente de controle da broca do coqueiro é a pulverização (em pó ou solução) dos coqueiros com o fungo Beauveria bassiana, inimigo natural da Rhynchophorus palmarum. Além do controle biológico, é importante coletar e exterminar a praga nas fases de besouro, larva e pupa. Os restos culturais devem ser incinerados para evitar possíveis focos de desenvolvimento da praga.
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Fonte: Frutíferas.com
Por Andréa Oliveira

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Comentários

Guilherme Hannud Filho
17 de jan. de 2022Bom dia, Em casa em Ubatuba os nossos coqueiros crescem com folhas saudáveis porém todos os cachos secam e nenhum coco vinga. Os trincos apresentam furacões. Já colocamos sal na copa e malatiol porém sem resultado. O que deveremos fazer? Muito obrigado, Guilherme

Resposta do Portal Cursos CPT
2 de fev. de 2022Olá, Guilherme! Tudo bem?
Agradeço sua visita em nosso site! :)
Nesse caso, é necessário que você procure um especialista no assunto para melhor auxiliá-lo.
Abraços!
Lorena