
A professora do Curso CPT Suínos – Produção e Principais Doenças, Mariana Costa, destaca que a suinocultura é um dos nichos de mercado mais atraentes para se investir no Brasil, graças às possibilidades de produtividade e rentabilidade que a criação desses animais pode proporcionar.
No entanto, os cuidados com a saúde dos animais precisam ser redobrados, haja vista que as diversas doenças que podem atacar os suínos podem significar grande prejuízo financeiro com o tratamento ou com a disseminação delas, o que tem potencial para levar esses animais a óbito.
Atualmente, com a intensificação da produção, nunca foi tão importante para os produtores evitar que enfermidades se espalhem nas suas criações. Dentre elas, destaca-se a peste suína clássica, que é capaz de provocar perdas significativas. Conheça-a melhor a seguir:
O que é a peste suína clássica?
A peste suína clássica é uma doença altamente transmissível entre os suínos, causada por um vírus que temo RNA como material genético. Frequentemente, é mortal e também é conhecida como febre ou cólera suína. Porém, apesar de perigosa para os suínos, não oferece riscos aos seres humanos. Há também a peste suína africana, parecida com a clássica em relação aos sinais clínicos, demandando exames laboratoriais para a diferenciação.
Historicamente, surgiu aproximadamente em 1810, nos EUA, sendo trazida para a América do Sul em 1899. Depois de ter se tornado uma grande preocupação em vários países, hoje, os surtos se concentram na África e na Europa, pois essa moléstia já foi considerada erradicada em nosso país.
Sinais clínicos
Entre os animais doentes, observa-se alguns sinais clínicos comuns – que podem variar, de acordo com a idade do suíno ou com a virulência da cepa envolvida na contaminação. São estes: depressão, febre alta, amontoamento, conjuntivite, hemorragia, necrose das tonsilas, eritemas e cianose em animais de pele branca.
Contaminação
Apesar de erradicada, os programas que garantem a saúde dos suínos precisam ser levados a sério para que a doença não volte a preocupar os criadores brasileiros. A forma mais comum de contaminação é pela via oronasal e são fatores de risco para favorecer a disseminação da doença a grande densidade populacional e a presença de porcos silvestres em algumas regiões.
Diagnóstico
A realização do diagnóstico é feita a partir de exames de sangue ou da suspensão de órgãos do sistema linfoide. Entretanto, o teste em laboratório pode ser demorado, o que torna mais interessante ao produtor investir na prevenção, para que não seja necessário direcionar recursos para o tratamento.
Prevenção
Então, haja vista que a prevenção é a melhor opção, algumas medidas podem ser adotadas como forma de evitar que a peste suína clássica cause prejuízos nas propriedades: além da biosseguridade e do bem-estar animais, deve-se controlar o acesso de pessoas e animais nas unidades de produção e o trânsito de veículos de transporte de ração e suínos e garantir que todos as pessoas envolvidas no manejo diário estejam com trajes adequados e higienizados.
Tratamento
Apesar de não existir tratamento, o controle da peste suína clássica pode ser realizado com o uso de vacinação, somente quando necessário e autorizado pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A manutenção de uma nutrição adequada aos suínos também se configura como uma opção para ajudar na prevenção, tornando os suínos mais resistentes. Ainda, vale destacar que mesmo um bom programa de alimentação e nutrição não é capaz, sozinho, de evitar a peste suína clássica ou até a africana, o que faz com que as medidas de biossegurança sejam ainda mais necessárias.
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Suínos – Produção e Principais Doenças
Criação de Suínos – Manejo de Reprodutores e Matrizes
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Fonte: Nutrição e Saúde Animal By Vaccinar – nutricaoesaudeanimal.com.br
por Renato Rodrigues
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