
Submeter os suínos a maus-tratos e estresse compromete a qualidade do produto final. Na verdade, a qualidade da carcaça e da carne dos suínos depende essencialmente do manejo pré-abate desses animais. Por esse motivo, deve-se garantir o bem-estar e o conforto animal, além de adotar outros cuidados igualmente importantes antes do abate.
Jejum
Após a escolha do lote e a definição do horário do transporte, os suínos devem passar por jejum. Essa prática garante o sucesso da produção, pois impede que os animais em transporte sejam expostos a situações estressantes. Principalmente porque o jejum reduz o volume de dejetos e a ocorrência de vômitos ao longo do transporte.
Além disso, o procedimento torna a evisceração mais fácil, contribui com a gestão sanitária da linha de abate e garante a qualidade do produto final.
Tipos de estresse
Para garantir um bom manejo de suínos primando pelo bem-estar animal, o suinocultor deve considerar os tipos de estresse que podem impactá-los negativamente. Situações estressantes são evitadas quando se busca o conforto, a saúde e a liberdade de o animal expressar seu comportamento natural. Por outro lado, situações que causam medo, dor ou repressão de liberdade estressam os suínos.
São vários os tipos de estresse aos quais os suínos podem ser submetidos, como estresse digestivo, estresse psicológico, estresse motor, estresse térmico ou estresse relacionado ao equilíbrio hídrico do corpo do animal. Todos devem ser evitados para não gerar prejuízos ao suinocultor.
Embarque
O manejo de suínos pré-abate deve considerar a análise dos animais durante o embarque. No processo, deve-se atentar para os suínos com anomalias e separá-los do lote, para evitar possíveis problemas com o frigorífico. Além de não soltar todos os animais de uma vez, é importante usar placas de condução e chocalhos para evitar o contrafluxo de animais.
Transporte
No transporte dos suínos, o motorista deve ser treinado em transporte de carga viva. Além de transportar os suínos nas horas mais frescas do dia, podem ser utilizados mecanismos de regulação térmica para garantir o conforto térmico dos animais.
A temperatura média deve ser de, no máximo, 30°C. Além disso, a densidade média deve ser de 235 kg/m² e o tempo de transporte, no máximo, 24 horas. Também é importante que o piso seja antiderrapante e apresente altura maior que 90 centímetros.
Descanso
Entre o desembarque dos suínos no frigorífico e o abate deve-se respeitar um período de descanso de, no mínimo, três horas. Durante esse tempo, os suínos recuperam suas condições normais, sem o estresse de transporte, o que garante a qualidade do produto final.
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Fonte: revistaagropecuaria.com.br
Por Andréa Oliveira
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