Como diminuir os custos na criação de animais? Alimentos alternativos!

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Dentre tudo o que é necessário para a criação de animais, a alimentação deles é um dos itens que mais exige investimentos do criador. O consumo de alimentos pelos animais tem impacto direto no resultado, pois, quanto mais se gasta com alimentação, menor é o lucro obtido com a venda da produção.

Paulo Brustolini, professor do Curso a Distância CPT Manejo de Leitões do Nascimento ao Abate, discute a importância de se pensar em alimentos alternativos, que possam baratear as despesas da produção e, consequentemente, otimizar os lucros.

Um grão bastante utilizado é o milho, chegando a obter o percentual de 80% da composição da ração animal. Porém, com a alta do preço do grão e baixa disponibilidade de estoque, é necessário pensar em outras formas de compor a alimentação dos animais, para, assim, reduzir os prejuízos.

O farelo de soja, outro item bastante utilizado na alimentação também teve alta. Com isso, uma boa opção para reduzir os custos é a redução do milho e do farelo de soja nas rações, contanto que alguns cuidados sejam observados. Porém, se há um aumento na demanda por algum item haverá um aumento também nos preços, o que fará com que essa estratégia se torne ineficaz.

Ao pensar em buscar alimentos alternativos é preciso ter em mente que é importante considerar, também, a disponibilidade comercial, a qualidade e os preços em relação aos itens tradicionais, buscando sempre o melhor preço sem deixar de lado a qualidade do alimento que será ofertado aos animais.

Os ingredientes alternativos são uma boa opção para a dieta dos animais, mas a nossa política agrícola faz com que a disponibilidade desses outros ingredientes seja baixa. Conheça algumas alternativas:

- Trigo e triticale

A colheita desse grão é feita ao final do ano, justamente na entressafra do milho, pois são considerados cereais de inverno. De acordo com a história, esse grão sempre foi dedicado ao consumo humano, com os seus subprodutos sendo direcionados para a alimentação animal, como o farelo de trigo e o resíduo de limpeza, ou equivocadamente “triguilho”. Já o triticale é um grão que tem como destino principal a produção de rações.

Ao passo que o trigo apresenta variações químicas e nutricionais entre seus cultivares, o triticale varia menos. Porém, tanto o trigo quanto o triticale sofrem impacto direto do ambiente e do clima em que são produzidos. Para substituir o milho por um desses grãos na dieta de aves, por exemplo, o preço deles não pode ser superior a 95% do preço do primeiro.

- Sorgo

O sorgo é um cereal pouco disponível para comércio, mas que pode ser muito bem utilizado na alimentação, contanto que se inclua ingredientes com pigmentos caratenóides ou xantofilicos, uma vez que esse cereal promove uma diminuição na pigmentação da pele dos animais quando usado. Ainda, algumas das variedades desse cereal podem conter taninos, substância rechaçada para as rações. Para utilizá-lo como substituição parcial do milho na dieta, os valores devem ser inferiores a 90% do preço do milho.

O uso de farinhas animais processadas e de boa qualidade nutricional e sanitária pode ser uma alternativa proteica e fosfórica para diminuir os custos com a alimentação. Ainda, utilizando-se alimentos alternativos, quando há uma alta no preço do milho e do farelo de soja, pode-se diminuir os custos de produção de 5% a 12%.

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Fonte: Suinocultura Industrial – suinoculturaindustrial.com.br
por Renato Rodrigues