O oxigênio presente na água é parâmetro muito importante para a vida aquática e, portanto, em piscicultura ele é um gás vital para os peixes. Ele se faz presente na água através de duas fontes naturais principais, que são: a difusão direta do oxigênio atmosférico e o processo de fotossíntese, realizado por seres clorofilados, ou seja, as microalgas do plâncton. “A fotossíntese realizada pelos fitoplânctons é a principal fonte de O2 para a água dos viveiros sob sistemas semi-intensivos e em grandes reservatórios”, afirma Giovanni Resende de Oliveira, professor do Curso a Distância CPT Nutrição e Alimentação de Peixes.
A difusão do oxigênio, por sua vez, é um processo que ocorre quando o oxigênio atmosférico (O2) entra em contato direto com a água dos viveiros. Esse processo se deve, especialmente, à ação mecânica dos ventos, que provoca uma mistura, permitindo a transferência do oxigênio (O2) da atmosfera para a água. A concentração de O2 na água dos viveiros varia inversamente com a temperatura e salinidade da mesma. Assim, quanto maior a temperatura e a salinidade, menor será a capacidade da água em reter esse gás, levando geralmente a uma redução na concentração de oxigênio na água.
Entre os períodos diurnos e noturnos, a concentração de oxigênio dissolvido (O.D.) em ambientes naturais varia, significativamente, em decorrência de processos (físicos, químicos e biológicos) que ocorrem no meio aquático. De forma geral, a concentração de O2é maior durante o dia e menor durante a noite. No período noturno, a concentração de O2 na água diminui, devido ao interrompimento da fotossíntese pelas microalgas, que cessam a produção de oxigênio na ausência da luz (sol). Nesse período, os níveis mais críticos (mais baixos) de O2 são atingidos durante a madrugada. No período diurno, a partir do início da manhã, o processo de fotossíntese é reiniciado pelo fitoplâncton, fazendo com que os valores de O.D. comecem a aumentar, com as maiores taxas sendo atingidas no período da tarde. Para a criação de peixes tropicais, a concentração de O.D. mais indicada é acima de 5 mg/L.
A concentração de oxigênio dissolvido (O.D.) é o parâmetro mais importante para a piscicultura e, por isso, recomenda-se o seu monitoramento diário para se detectar a ocorrência de níveis críticos. Ele pode ser medido por meio de aparelho eletrônico (Oxímetro) ou de kits de análise facilmente encontrados em lojas especializadas. Na ausência de medidor de O.D., a falta de oxigênio na água do viveiro pode ser detectada pela presença de peixes nadando com a boca aberta na superfície da água (bloqueando ou bebendo) ou amontoados próximos à entrada de água do viveiro. Nessas circunstâncias, deve-se aumentar o fluxo de água ou ligar o sistema de aeração de emergência.
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Por Silvana Teixeira.
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