WhatsApp SAC (31) 98799-0134 WhatsApp Vendas (31) 99294-0024 Ligamos para Você Central de Vendas (31) 3899-7000
Como podemos te ajudar?
0

Seu carrinho está vazio

Clique aqui para ver mais cursos.

Nutrição de peixes - qualidade dos ingredientes da ração

Nutrição de peixes - qualidade dos ingredientes da ração

A qualidade do ingrediente da ração para peixes depende de sua composição em aminoácidos, da presença de fatores antinutricionais, de seu potencial energético, além de seus níveis de vitaminas e minerais. Como consequência, seu valor ou seu potencial de utilização como ingrediente em uma ração está na dependência das respostas que sua presença reflete no crescimento dos peixes e também no preço final da ração.

Os peixes utilizam, de forma distinta, os diferentes ingredientes alimentares, resultando, consequentemente, em diferentes respostas de desempenho produtivo. Estudos demonstram a superioridade dos produtos de origem animal em promover o crescimento dos peixes. Assim, teoricamente, as rações de máxima eficiência produtiva necessitam da presença, em sua composição, desses ingredientes como fonte proteica fundamental. Por outro lado, o resultado dessa prática é o alto custo da ração e do produto final na granja.

Mesmo se empregados em baixas porcentagens na mistura, os ingredientes de origem animal garantem e melhoram o valor nutritivo da ração para peixes, por seu balanço em aminoácidos, minerais e vitaminas do complexo B, além de suas características atrativas. Entretanto, alguns produtos de origem animal disponíveis no mercado podem apresentar elevados níveis de sal (NaCl) e matéria graxa que, somados ao elevado custo, disponibilidade, padrão de qualidade e frequentes adulterações, limitam seu emprego pela indústria.

A farinha de carne, resultante da cocção sob pressão de resíduos de tecidos de animais, é encontrada no mercado como farinha de carne-50, com níveis de fósforo menores que 4,0% e a farinha de carne e ossos-36, com níveis de fósforo maiores que 4,0%. Sua contribuição, quando da formulação de uma ração, destaca-se por apresentar níveis altos de Ca e P (totalmente biodegradáveis) e equilíbrio em aminoácidos essenciais (AAE), principalmente nos sulfurados (metionina e cistina).

A farinha de peixe, produto desidratado e moído, geralmente composta por vísceras, cabeça, pele, entre outros, de diferentes espécies e composições, apresenta-se em nosso mercado com variadas composições químicas e discutíveis resultados de digestibilidade. Quando de boa qualidade, apresenta níveis de matéria graxa não superior a 3% e proteicos de 50 a 60%, cuja qualidade depende do processo de secagem, principalmente considerando que a elevação de temperatura pode promover a degradação de nutrientes, especialmente a da proteína.  A adição de ácidos orgânicos ou inorgânicos até o nível de 0,5% reduz o pH, impedindo o desenvolvimento de microrganismos.

A farinha de abatedouro avícola, produzida mediante autoclavagem, secagem e moagem de sangue, vísceras, pés, cabeças, penas, entre outros, apresenta-se abundante nas regiões sudeste e sul do país. Equivalente às farinhas de peixe e carne, com teor proteico de 60%, é deficiente em metionina, lisina e triptofano. Revela menor coeficiente de digestibilidade, substituindo a farinha de peixe em até 75%, principalmente por apresentar boa qualidade, disponibilidade e preço.

Outro derivado da industrialização avícola é a farinha de penas, produzida mediante hidrólise sob pressão e vapor indiretos, que melhora sua digestibilidade em até 75%. Apresenta-se com teor proteico de 84%, mas, por ser rica em queratina, resulta em menor digestibilidade. Esse ingrediente contém ótimos níveis de cistina, porém é pobre em lisina, metionina e triptofano. Assim, pode substituir a farinha de peixe em até 30% e em consequência de sua baixa densidade, requer o emprego de aglutinantes para a confecção de rações peletizadas.

Para as espécies de peixes tropicais, as farinhas elaboradas à base do resíduo, resultante da extração de óleo das sementes de oleaginosas como a soja, girassol, algodão, colza (canola), coco, entre outros, podem ser empregadas como fontes proteicas sucedâneas.

Essas fontes proteicas de origem vegetal, inferiores às de origem animal, apresentam menor digestibilidade, são deficientes em metionina e lisina e, com alguns fatores antinutricionais. Entretanto, apresentam-se como a opção mais econômica para a confecção de rações. Esses ingredientes, disponíveis em quantidade e qualidade em nosso país, têm sido empregados em rações para peixes, substituindo a farinha de peixe ou outras fontes proteicas de origem animal, com resultados considerados excelentes.

A presença de fatores antinutricionais e tóxicos, a deficiência em aminoácidos considerados limitantes, principalmente nas primeiras fases de vida dos peixes, além de sua digestibilidade, geralmente limitam o nível de inclusão na ração destas fontes proteicas sucedâneas às de origem animal.  As rações para salmonídeos podem apresentar níveis de inclusão entre 25 e 50% de produtos de origem vegetal.

Esses limites não são consequência desses fatores isolados, como é o caso da presença do gossipol no farelo de algodão, ou do ácido erúcico, na farinha de canola, entre outros. Parte desses limites precisa ser revista pelos nutricionistas, pois a maioria dos fatores antinutricionais é termolábel, tendo, portanto, a digestibilidade melhorada substancialmente pelo processo de peletização.

Deve-se considerar, ainda, que aminoácidos sintéticos e demais micronutrientes podem suplementar esses subprodutos. O farelo de soja, subproduto resultante da extração de óleo do grão de soja, é o mais estudado como fonte proteica vegetal para peixes. Apresenta razoável balanço de aminoácidos essenciais, podendo substituir, em até 50%, a farinha de peixe em rações para trutas e 94% para espécies onívoras e até 100%, em rações para tilápias, com a suplementação dos aminoácidos metionina e treonina. Por ser a mais abundante fonte de proteína vegetal para peixes, por seu alto teor de lisina, em relação aos demais, pelos bons níveis de vitaminas do complexo B e minerais (Ca e P), essa é, indiscutivelmente, a mais importante fonte proteica para as espécies tropicais.

Aprimore seus conhecimentos, acessando os Cursos CPT, da área Piscicultura, elaborados pelo Centro de Produções Técnicas (CPT), entre eles o Curso Nutrição e Alimentação de Peixes.

Por Andréa Oliveira.

Acesse os links abaixo e aprenda mais sobre Nutrição de Peixes:

Alimentação e fatores ambientais

Características dos alimentos

Exigência energética

Exigência proteica

Exigência vitamínico-mineral

Qualidade das rações

Outras fontes proteicas

Arraçoamento

Formas de fornecimento de ração

Faça já o Download Grátis
Faça já o Download Grátis Criação de Peixes em Viveiros Escavados

Basta preencher os campos abaixo para receber o material por e-mail:

O CPT garante a você 100% de segurança e
confidencialidade em seus dados pessoais e e-mail.

Deixe seu comentário

Avise-me, por e-mail, a respeito de novos comentários sobre esta matéria.

O CPT garante a você 100% de segurança e
confidencialidade em seus dados pessoais e e-mail.
Seu comentário foi enviado com sucesso!

Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.

Obrigado pela sua participação.

Comentários

Eduardo Soriano Sierra

17 de jun. de 2021

Parabéns, Andrea Oliveira, pelo excelente artigo sobre Nutrição de peixes - qualidade dos ingredientes da ração. Respondeu todas as minhas perguntas.

Resposta do Portal Cursos CPT

17 de jun. de 2021

Olá, Eduardo Soriano

Como vai?

Agradecemos sua visita ao nosso site!

Ficamos felizes em saber que você gostou de nosso artigo.

Em breve, uma das nossas consultoras entrará em contato com informações e esclarecimentos sobre os cursos que serão fundamentais para você.

Atenciosamente,
Erika

 

Paulo Venicio

26 de out. de 2019

Gostaria de aprender sobre ração ,para tilápia, camarão, principalmente sobre antioxidantes prevenindo contra bactérias.

Resposta do Portal Cursos CPT

30 de out. de 2019

Olá, Paulo Venicio

Como vai?

Agradecemos sua visita a nosso site!

Uma de nossas consultoras entrará em contato com você para lhe passar maiores detalhes sobre nossos cursos.

Atenciosamente,

Erika Lopes

Giselma

14 de jul. de 2017

Você ia vendemformula de rações pra vários tipos de peixe inicial e que vai até etapa final

Resposta do Portal Cursos CPT

14 de jul. de 2017

Olá, Giselma.

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. No nosso curso Nutrição e Alimentação de Peixes, você encontrará o que procura. Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações.

Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

Ailton

3 de mar. de 2017

Olá meu nome é Ailton e tenho interesse em fazer um curso de piscicultura relacionado a reprodução manual a esse curso? Qual é o valor ?

Resposta do Portal Cursos CPT

6 de mar. de 2017

Olá Ailton,

Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações sobre os Cursos a Distância na área de Piscicultura.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Adriano Lázaro catemene

10 de nov. de 2016

Muito bom de saber como fazer com que o peixe cresça bem.

Resposta do Portal Cursos CPT

11 de nov. de 2016

Olá Adriano,

Ficamos felizes que tenha gostado do nosso conteúdo.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Últimos Artigos

Artigos Mais Lidos

Quer mudar de vida e ter sucesso profissional? Vamos te ajudar!

Precisa de ajuda?