Assim que os ovos, ou as pós-larvas, ou os alevinos são separados dos pais e transferidos para outro ambiente, inicia-se a fase de alevinagem. A maioria das espécies ornamentais produz filhotes ainda em formação, as chamadas larvas. As larvas nascem de peixes que depositam seus ovos, que depois irão eclodir. Já os filhotes dos peixes que produzem crias completamente formadas são chamados de alevinos.
“A larva recém-eclodida não possui pigmentos e sua boca não se abre. A bexiga natatória não está formada, por isso não consegue nadar horizontalmente, ficando à deriva ou apenas subindo e descendo na coluna d’água. Ela se alimenta do material contido no saco vitelino. Esta é a fase mais vulnerável da vida dos peixes”, Dr. Manuel Vazquez Vidal Junior, professor do Curso CPT Produção de Peixes Ornamentais.
Em dois dias, na maioria das espécies, as larvas abrem a boca e a bexiga natatória se enchem de gases, permitindo a natação em posição horizontal, quando então passam a ser denominadas de pós-larvas. Para garantir uma boa taxa de sobrevivência dos filhotes e seu ótimo desenvolvimento é preciso tomar uma série de cuidados. Esses cuidados começam antes mesmo da eclosão dos ovos, ou do nascimento dos alevinos. São eles: controle da temperatura, do oxigênio dissolvido, do material em suspensão na água e também o manejo de separação dos pais.
A temperatura determina a velocidade do metabolismo e assim diminui ou acelera o desenvolvimento do embrião e larva. Os limites de temperatura para os ovos e larvas de peixes tropicais estão em geral entre 20 e 30oC, sendo 28oC a temperatura mais indicada da água.
O oxigênio é absorvido pelos ovos por difusão e sua exigência aumenta com o desenvolvimento do embrião. Os embriões em desenvolvimento exigem alto teor de oxigênio na água, que não pode baixar mais que 4 mg/L. A falta de oxigênio retarda o desenvolvimento e pode causar mal formações ou mortalidade. É recomendável colocar 1.000 ovos por litro de água.
Depois da eclosão, ovos gorados, larvas mortas e outros detritos acumulam-se nos aquários. Isto pode por em risco a sobrevivência de larvas sadias por causa da falta de oxigênio, provocada pelas bactérias abundantes. A amônia e o dióxido de carbono são tóxicos quando atingem altas concentrações. Quando não há circulação contínua de água nos aquários, é necessário o uso de aeração e a água deve ser trocada a cada seis horas. Nos aquários que funcionam com água corrente o oxigênio é renovado ao mesmo tempo em que os materiais em suspensão na água são retirados.
Os trabalhos de larvicultura terminam com a retirada de pós-larvas desenvolvidas dos aquários para serem transportadas ao tanque. As pós-larvas precisam ser concentradas em um balde antes do transporte ou embalagem. A retirada é feita pela sifonagem com mangueira de plástico ou sifão especial. Para o transporte rápido, dentro da estação de piscicultura, usa-se o mesmo balde onde as pós-larvas foram juntadas. No caso de transporte longo, as pós-larvas são embaladas em sacos plásticos, em água supersaturada com oxigênio.
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Por Silvana Teixeira.
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