O que mais causa a morte em cavalos? Isso é fácil, as cólicas. Se você ainda não está familiarizado com o assunto e precisa aprender (seja dono ou cuidador de um equídeo) saiba que “a cólica é a principal causa de mortalidade em cavalos. Portanto não vacile”, explica Haroldo Vargas Leal Júnior, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega - Atendimento a Equinos.
Quando as cólicas recebem intervenção em seu início têm 80% de chances a mais de cura. Mas, atenção! As medicações para um determinado tipo de cólica são contra indicadas para outros tipos de cólicas. Vale lembrar que só entre os principais quadros de cólica temos: as cólicas de estômago, as cólicas de intestino delgado, cólicas de intestino grosso, cólicas renais e cólicas motivadas por hérnias e encarceramentos.
Afinal, o que fazer e como fazer quando isso acontecer?
As medicações e interferências são totalmente distintas para diferentes causas de cólicas. Portanto, observe os sinais abaixo e entre em contato imediato com um veterinário:
1. Intensidade da dor.
2. Se deita e levanta várias vezes e se rola no chão.
3. Se há sudorese intensa e em qual(is) região(ões) ele transpira mais.
4. Se há arqueamento da coluna.
5. Se há distensão abdominal e em qual lado.
6. Se o animal fica olhando para o flanco.
7. Se tenta defecar e, ou urinar sem sucesso.
8. Quando defeca como é a consistência e forma das fezes.
9. Se elimina gases.
10. Se está prostrado.
11. Se tem febre.
12. Coloração anormal das mucosas (ou muito escuras ou muito brancas).
13. Grau de hidratação (se a pele volta rápido para o lugar quando puxada ou se demora a voltar).
14. Se um quadro de dor extremamente grande teve uma melhora repentina.
15. Se os testículos do cavalo estão frios ou aumentados de volume.
16. Se for uma égua, se está gestante ou recém-parida.
17. Se houve ruptura da “bolsa” (para éguas em pré-parto).
18. Se o garanhão que cobriu a égua era do mesmo porte dela.
19. Se é uma égua primípara (primeiro parto).
20. Se existem contrações abdominais.
21. Tipo e freqüência de alimentação nos últimos dias.
22. Alterações repentinas no tipo de alimento.
23. Chegada de novas partidas de ração.
24. Se alguns animais da propriedade rejeitaram a nova partida da ração.
25. Qualidade dos alimentos (umidade, presença de fungos ou bolores, cheiro estranho etc...).
26. Se foi medicado recentemente e com qual medicamento.
27. Data do último banho carrapaticida e qual o produto usado.
28. Disponibilidade de água nos últimos dias e qualidade da água.
29. Histórico de cólicas anteriores.
30. Idade do animal, sexo e raça.
31. Mudança recente de ambiente.
Todas as observações acima podem ser importantes para auxiliar o diagnóstico dos Médicos Veterinários. Algumas medidas podem ser tomadas em caráter de urgência até a sua chegada. São elas:
1. Evite deixar o animal rolar, mantendo-o no cabresto.
2. Se a dor for muito intensa aplique um analgésico.
3. Se houver distensão abdominal e eliminação de muitos gases, caminhe com animal, puxando-o ao passo, de preferência em aclives e declives; Medique-o conforme orientações do Médico Veterinário.
4. Ofereça muita água.
5. Se estiver desidratado inicie uma soroterapia.
Como saber se o animal está desidratado? Pois bem, vamos lá!
♦ Faça uma prega na região do pescoço e verifique o tempo que demora para a pele voltar ao normal. O tempo de retorno da pele ao normal é um dos parâmetros para se medir o grau de desidratação.
♦ Pressione a gengiva do animal e marque o tempo que o sangue demora para voltar ao local, ou seja, a perfusão sanguínea, e terá mais um parâmetro para medir a desidratação.
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Por Silvana Teixeira.
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