O mel é um produto natural obtido a partir do néctar das flores e de excreções da abelha. Além de ser um ótimo adoçante natural, esse alimento é cheio de benefícios, porque conta com ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir microrganismos e assim proteger contra doenças. O mel também conta com ação antioxidante e prebiótica, esta última modifica o balanço da microbiana intestinal, estimulando o crescimento e, ou atividade de microrganismos benéficos.
“Por ser rico em carboidratos e açúcar, o mel é ótima fonte de energia. O alimento também conta com potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, cobalto, cobre e alguns outros minerais”, afirma Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professor do Curso CPT de Processamento de Mel Puro e Composto. Entre esses nutrientes, o potássio é o que está mais presente no mel e é interessante para o equilíbrio da pressão arterial.
6 excelentes motivos para você consumir mel
1 — Bom para dor de garganta:
Sua avó estava certa! Como o mel possui ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir microrganismos, ele é interessante para aliviar a dor de garganta momentaneamente. Mas é importante ressaltar que não há nenhum estudo científico comprovando que o mel trate as causas desse sintoma, como uma faringite, por exemplo, e nem a evolução da doença relacionada a uma dor de garganta. As características do mel que fazem com que ele tenha esta ação antibiótica são: o baixo ph, proporcionando um ambiente ácido que pode inibir o desenvolvimento de muitos microrganismos, pouca quantidade de água, que não proporciona condições favoráveis para o crescimento das bactérias. Além disso, o mel possui o ácido glucônico que contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida.
2 — Bom para problemas respiratórios:
Pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão a Haemophilus influenzae, responsável por infecções respiratória e sinusites, Mycobacterium tuberculosis, que leva a tuberculose, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae, que causa a pneumonia. Nesse caso, vale a mesma ressalva em relação à dor de garganta. O mel pode ajudar aliviando os sintomas e o desconforto, mas não promove a cura da doença em si. O tratamento dessas doenças, portanto, deve ser indicado por um especialista.
3 — Bom para o intestino:
O mel pode ser um importante aliado na manutenção da microbiota intestinal (conhecida como flora intestinal), que são bactérias benéficas que carregamos ali. Contribui, assim, para um melhor trânsito intestinal, a consistência normal das fezes, prevenção de diarreia e constipação. Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras, as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os microrganismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta. Todos estes benefícios ocorrem porque o mel possui carboidratos não digeríveis e oligossacarídeos que são prebióticos, ou seja, contribuem para a manutenção da microbiota intestinal. Além disso, pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão: Escherichia coli, causadora de diarreia e infecções urinárias e Salmonella species, que pode levar a diarreia.
4 — Bom para pele:
O mel é rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e os carotenoides. Por isso, o alimento contribui para a diminuição dos radicais livres e assim previne o envelhecimento precoce e contribui para a pele mais bonita e saudável. O mel pode ser ingerido ou utilizado em cosméticos como sabonetes e cremes. Ao ser passado na pele algumas pesquisas, entre elas uma da Universidade de Ouagadougou de Burkina Faso, observaram que o mel pode agir como cicatrizante de feridas e em casos de úlceras, queimaduras e abscessos na pele. Os microrganismos staphylococcus aureus e salmonela typhimurium, ambos causadores de infecções em ferimentos, são sensíveis a ação antibacteriana do mel.
5 — Ação antioxidante:
Isso faz com que o mel ajude a diminuir os radicais livres e assim contribua para evitar o envelhecimento celular, proporcionando uma pele mais bonita e saudável e prevenindo doenças como o Alzheimer, cardiovasculares, entres outras. As substâncias presentes no alimento que proporcionam este benefício são: ácido glucônico, os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico, hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides. Diminui os riscos de infecção urinária: Alguns estudos apontaram que bactérias causadoras de certas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão a streptococcus faecalis, proteus species e pseudomonas aeruginosa, todas elas podemcausar a infecção urinária.
6 — Melhora o sono e ajuda a relaxar:
O mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento é um carboidrato fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do organismo, melhorando o bem-estar. O mel tem uma função importante como regenerador da microbiota intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuroendócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.
O sabor, aroma e a cor do mel irão variar, de acordo com as floradas, definidas a partir do tipo de flor que a abelha coleta o néctar para produzir esse doce. Alguns benefícios do mel podem ser mais fortes em determinados tipos do que em outros.
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Por Silvana Teixeira.
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