A população de uma colmeia varia bastante em número. Ela depende de uma série de fatores para seu crescimento, tais como a capacidade de postura da rainha (idade e saúde, por exemplo), área livre para posturas (favos vazios), da força da florada em curso (oferta de alimentos para a colônia) e condições climáticas. Se esses fatores forem positivos, uma colônia pode facilmente chegar a cerca de 80.000 operárias, 400 zangões e, é claro, uma rainha.
“Para chegar até a fase adulta, a abelha passa por diversas transformações, chamadas de metamorfoses, seguindo a sequência de ovo, larva, pré-pupa, pupa e adulto. Ao todo, são 21 dias entre a postura e o nascimento de uma abelha operária, 16 dias para a rainha e 24 dias para o zangão”, afirma Etelvina Conceição Almeida da Silva, professora do Curso Produção de Rainhas e Multiplicação de Enxames. Vale a pena observar que esse ciclo evolutivo está baseado no desenvolvimento das abelhas europeias.
As abelhas africanizadas nascem, normalmente, com um dia a menos que as abelhas europeias. Ao longo da vida da operária, ela exerce diversas funções dentro e fora da colmeia. Em geral, as operárias, em períodos de floradas vivem até cerca de 42 dias de idade, iniciando sua vida de campeira a partir de 20 dias após seu nascimento. Esse tempo de vida pode se alongar mais na entressafra de flores, quando o trabalho da operária como campeira se reduz, significativamente, e ela passa a maior parte do tempo no interior da colmeia.
O que acontece na colmeia quando a abelha rainha envelhece?
Quando a rainha envelhece, diminui a produção de feromônio, o que afeta diretamente a unidade da colmeia. Sentindo o menor efeito do feromônio, as próprias operárias tratam de produzir uma nova rainha. Constroem uma ou mais realeiras, a partir da identificação de larvas ideais para a produção de rainhas (larvas até três dias). A primeira que nasce, imediatamente, destrói as outras realeiras, para que nenhuma rival possa nascer. A colmeia fica, então, com duas rainhas, a antiga, ainda ativa, e a mais jovem.
Nesse momento, podem ocorrer duas situações distintas com a família que está trocando ou puxando novas rainhas. Uma delas é quando a família está trocando a rainha velha, pois esta não está mais cumprindo com a sua função reprodutiva na comunidade. Nesse caso, elas matam a rainha velha ou a expulsam do enxame e não lhe fornecem mais alimentos.
Em outra situação, pode ocorrer um fenômeno conhecido como enxameação, que é causado por diversos motivos, tais como: falta de espaço para o desenvolvimento da colmeia, favos velhos e defeituosos, rainhas velhas (neste caso, duas rainhas sobreviverão: uma permanecerá na colmeia e a outra acompanhará metade do enxame), instinto enxameatório (predominante entre as abelhas africanas) e outros.
Portanto, um enxame pode se dividir (enxameação) sem que, necessariamente, a rainha esteja velha ou improdutiva. Esse fenômeno de enxameação tende a acontecer mais ao final das floradas, quando as reservas alimentares da colmeia estão elevadas. Também pode ocorrer por falta de espaço na colmeia, que se vê obrigada a fazer uma divisão. Esse fenômeno é o responsável pela multiplicação e distribuição das abelhas.
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Abelhas rainhas controlam a capacidade produtiva da colmeia.
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Por Silvana Teixeira.
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