A avaliação da abelha rainha é um fator importante no manejo. É preciso garantir que a colmeia esteja sempre com uma rainha forte, e que esteja em plena postura. Essa avaliação é semelhante à que é feita para verificação da possibilidade de enxameação. "Isso poderá ser feito durante as revisões normais das colmeias, por meio da análise das posturas, o que permitirá a antecipação da sua retirada, quando necessário", afirma Etelvina Conceição Almeida da Silva, professora do Curso a Distância CPT Produção de Rainhas e Multiplicação de Enxames.
O comportamento normal da rainha é o seguinte
1. Postura acontecendo sempre a partir dos quadros mais centrais, seguindo para as laterais.
Obs.: nas floradas, ao menos seis quadros centrais deverão estar com crias.
2. Posturas em que os favos são ocupados quase integralmente com crias de mesma idade.
Obs.: se ao contrário, em um mesmo quadro existem crias de diferentes idades, e se ocupam uma pequena porção do favo, a rainha certamente estará velha.
Os comportamentos negativos mais comuns, que podem determinar a troca da rainha são
1) Os favos centrais estão vazios ou com mel, a rainha pode estar envelhecendo.
2) A área com cria está reduzida e há grande reserva de pólen. Quando isso acontece, a rainha está diminuindo sua postura.
3) Em um mesmo quadro existem crias de diferentes idades ou ocupam uma pequena porção do favo. O ideal é que os favos devem estar ocupados quase integralmente com crias de mesma idade.
Se pela observação o apicultor perceber que as posturas não estão no padrão adequado, deverá fazer a opção pela substituição da rainha.
Substituição da rainha
A substituição ou renovação das rainhas é uma ocorrência indispensável para a manutenção do vigor e a própria sobrevivência da colônia de abelhas. Na natureza as abelhas a executam segundo suas necessidades biológicas. O apicultor, entretanto, pode e deve antecipar às abelhas, realizando as substituições no momento oportuno, de forma a assegurar a produtividade e outras boas qualidades para o manejo das colmeias.
Esta técnica é composta por duas operações, que são a orfanação da colônia e a introdução de uma nova rainha. Para manter o apiário sempre com grande capacidade produtiva, deve-se controlar periodicamente a idade da rainha, ou seja, trocá-la em intervalos regulares. Devemos controlar periodicamente sua idade, origem e desempenho e fornecer rainhas para as colônias dos enxames de mau desempenho.
O ideal seria substituir todas as rainhas das colmeias em intervalos regulares, com a aplicação da técnica de renovação periódica das rainhas. Assim todas as colônias se manterão jovens e com capacidade produtiva similar (desde que as rainhas sejam da mesma origem). A duração deste intervalo depende da raça da abelha e do clima da região em que está instalado o apiário. Para a maior parte das situações, é recomendado um ano de intervalo entre as trocas. Para as abelhas africanizadas, principalmente se em região quente como o Nordeste Brasileiro, pode ser preferível um intervalo menor, de nove ou mesmo, seis meses.
Para maior precisão da determinação do período ideal, cada apicultor pode observar e registrar a frequência com que ocorrem as substituições espontâneas no seu apiário e usá-la como guia. Na prática, por razões econômicas ou técnicas, ainda é difícil para os apicultores manterem um calendário de renovação das rainhas. Assim mesmo é possível efetuar as substituições das rainhas indesejáveis, como uma das tarefas da manutenção rotineira do apiário. Então, basta ao apicultor registrar, durante as revisões, pré ou pós-colheitas, as colônias de mau desempenho relacionado à rainha (ou órfãs) e providenciar a substituição das suas rainhas. Se o apicultor não puder ou não desejar criar rainhas, terá que adquiri-las de terceiros. Neste caso, é importante estabelecer contatos prévios com os possíveis fornecedores, para obter informações sobre suas rainhas, preços e outras condições. Escolhido o fornecedor, o apicultor deve fazer uma previsão das compras: quando precisará das rainhas, em que número, total e por remessa.
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Por Silvana Teixeira.
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