A simetria em relação ao formato e posição dos dentes existentes, tanto no lado esquerdo como no direito, na parte superior e inferior, permite estabelecer relações que visam facilitar a identificação dos dentes. Essa simetria permite subdividir a cavidade oral em quatro partes, ou quadrantes, formando a cruz de redier.
Para efeito de estudos, convencionou-se identificar cada quadrante por um número, tendo-se como base o sentido da “visão do paciente”. Assim, o primeiro se refere ao quadrante superior do lado direito da cavidade oral. O segundo quadrante também fica na parte superior, mas do lado esquerdo do rosto do paciente. Desse mesmo lado, mas na parte inferior, está o terceiro quadrante. E, por último, no lado direito da parte inferior, tem-se o quadrante número 4.
Da mesma forma que os quadrantes são identificados por números, os dentes também o são. A numeração crescente inicia-se na parte central da cavidade oral, mais precisamente nos dentes incisivos centrais e termina nos terceiros molares. Sendo assim, o incisivo central será o dente número 1; o incisivo lateral o número 2; o canino o número 3; o primeiro pré-molar, número 4; segundo pré-molar, número 5; primeiro molar, 6; segundo molar, 7; e, terceiro molar o dente número 8. Essa numeração se repete nos quatro quadrantes.
Odontograma
Se os quadrantes e os dentes são identificados por números, nada mais esperado do que utilizar esses números para identificar os quadrantes a que cada dente pertence. Isso, quando feito, dá origem ao odontograma, um sistema de identificação dentária muito utilizado nos documentos odontológicos pelos profissionais da área.
No odontograma, cada dente passa a ser identificado por dois números: o primeiro referente ao quadrante e o segundo ao dente. Assim, os dentes 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18 são todos pertencentes ao quadrante 1, ou superior direito. Isso porque o primeiro número (no caso deste exemplo, o primeiro número é um) diz respeito ao quadrante e o segundo número se refere ao dente. Assim, o dente 13 é, na verdade, o canino superior direito, pois, o número 1 indica quadrante superior direito, e o número 3 corresponde à identificação do terceiro dente, isto é, o canino. Dessa forma, o dente 26 se refere ao primeiro molar superior esquerdo (quadrante 2) e o 44 é, na verdade, o segundo pré-molar do quadrante inferior direito.
- Odontograma da segunda dentição
A metodologia utilizada para a identificação dos dentes da primeira dentição é a mesma aplicada aos dentes da segunda dentição. O que muda são os números de identificação dos quadrantes e o tipo de numeração dos dentes. O quadrante superior direito é identificado pelo número 5; o quadrante superior esquerdo, pelo número 6; o quadrante inferior esquerdo é identificado pelo número 7 e o quadrante inferior direito é identificado pelo número 8. Já os dentes são identificados por algarismos romanos, da seguinte forma: o incisivo central é o primeiro; o incisivo lateral, o segundo; o canino, o terceiro; o primeiro molar, o quarto; e o segundo molar, o quinto.
O odontogama é utilizado em orçamentos, nos pedidos de radiografias, nas fichas clínicas, e em outros documentos odontológicos de grande importância. É necessário que o ACD saiba lidar com o odontograma, pois, em muitos casos, isso será necessário no consultório odontológico. Um exemplo clássico são as ocasiões de orçamentos.
O Cirurgião-dentista, profissional habilitado para fazer a avaliação da boca do paciente, poderá contar com a ajuda do seu ASB para marcar no odontograma os dentes que deverão receber algum tipo de tratamento, assim como qual tipo de tratamento.
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Por Silvana Teixeira.
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