As pérolas são consideradas gemas orgânicas, pois são de origem animal (produzidas por moluscos - ostras). Quando qualquer corpo estranho penetra no interior de uma ostra, para se proteger, ela envolve esse corpo com carbonato de cálcio e uma substância córnea chamada de conchiolina.
Segundo Ailton Batista Lopes, professor do Curso CPT de Ourives - Como Fabricar e Reparar Joias, "os microcristais de carbonato de cálcio se depositam concentricamente em torno do corpo estranho. A conchiolina atua como cimentadora desses microcristais formando o que chamamos de nácar. É o nácar que conferirá às pérolas suas características de dureza, sua compactividade, a cor e o brilho."
Como as pérolas naturalmente formadas são raras, hoje, no Japão, na China e nos mares do sul na Polinésia, foram desenvolvidos processos de cultivo nas fazendas marinhas de criação de ostras produtoras de pérolas (perlíferas).
As pérolas de cultivo também são naturais, pois o que o homem faz é apenas ajudar a natureza, introduzindo na ostra um corpo estranho no tamanho e forma da pérola desejada. Em seguida, ele controla o desenvolvimento das ostras, bem como das próprias pérolas que deverão ser colhidas, em média, dois anos após a introdução do corpo estranho.
I- Principais tipos de pérolas
- Pérola Natural Redonda: são redondas e o seu tamanho varia de 5 a 8 milímetros (mm). É a mais clássica e, por isso, as preferidas.
- Pérola South Sea (Mares do Sul): são produzidas nos mares do sul. São maiores e mais valiosas. Geralmente, têm mais que 10 mm. Sua cor varia de branco prateada a negra.
- Pérola Negra: é muito rara e muito valiosa. No mercado, encontramos muitas pérolas negras que foram tingidas. Por isso, temos de tomar cuidado para não haver confusão entre os dois tipos. A verdadeira é obtida a partir de ostra de lábios negros, cultivadas nos Mares do Sul e do Japão.
- Pérola Barroca: são pérolas de formatos irregulares e pequenas.
- Pérola Mabe: são pérolas cultivadas, em que o núcleo colocado na ostra tem formatos variados. Por isso, a pérola resultante tem formato de coração, gota, navete, oval, quadrada e outros.
- Pérola Biwa: produzida no lago de água doce de Biwa no Japão. São pérolas irregulares.
II- Como avaliar e comprar joias com pérolas
- Brilho: é o primeiro critério a ser observado. Quanto maior for o brilho, maior a quantidade de nácar sobre o núcleo, portanto, melhor qualidade.
- Homogeneidade da forma: verrugas, estrias e manchas diminuem o valor das pérolas.
- Cor: é o fator mais subjetivo. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pérolas que possuem a cor branca com um leve brilho róseo são as mais valorizadas. No Brasil, a preferência recai sobre as pérolas brancas com reflexos creme.
- Tamanho: quanto maior, mais valiosa é a pérola.
Dica:
Como as pérolas refletem a luz do ambiente, quando for escolher, coloque-as sobre um fundo branco onde ela vai apresentar a cor verdadeira. Em seguida, coloque sobre a sua própria pele para ver a cor que ela terá quando for usada.
III- Como conservar as pérolas
- Guarde separadas das outras joias, para não haver atrito, o que danificaria as pérolas.
- Guarde em embalagens arejadas, para não desenvolver em fungos que destroem sua superfície.
- Refaça a amarração dos colares a cada dois anos, ou quando o fio amarelar, para arejar as pérolas.
- Evite o contato direto das pérolas com cosméticos, perfumes, remédios, em especial pomadas à base de corticoides, laquês em spray e loções adstringentes.
- Nunca lave as pérolas para não apodrecer os fios.
- Para limpar, mergulhe as pérolas numa farinha de arroz seca, esfregue suavemente e depois bata devagar em um pano macio removendo a farinha.
- Não devemos colocar pérolas nas soluções ácidas que limpam o ouro, a prata ou mesmo o ácido de toque. Porque, com certeza, elas vão ser deterioradas.
Atenção:
Não devemos confundir a pérola natural de cultivo com as maiorcas que são imitações industrializadas.
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Por Silvana Teixeira.
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