O dinheiro, bem muito desejável e indispensável no nosso dia a dia, simboliza poder, autonomia, independência, além de conferir o grau de status àqueles que o possuem. Através do dinheiro ditam-se parâmetros e valores comportamentais como a manutenção da saúde, a convivência familiar, a educação, a amizade, a verdade e a justiça.
Mas como isso pode acontecer? A resposta é bem simples. Através da renda familiar define-se em qual sistema de ensino os filhos estudarão, se públicos ou privados; se os membros da família possuirão ou não um bom plano de saúde; se a família poderá ou não frequentar, juntos, clubes campestres aos finais de semana junto à outras famílias; entre outros.
As pressões da sociedade e das pessoas que nos cercam faz com que muitas vezes, tenhamos de adotar estilos de vida que não são os nossos ou seja, que não podemos arcar. Nesse momento, tornamo-nos consumistas e esse fator é determinante para os gastos desnecessários e para a complicação do orçamento familiar.
Essa questão fica muito clara quando, por exemplo, decidimos participar de um evento social. Nesse momento, sacrificamos nossa renda para não fazer feio perante aos demais convidados. Partimos às compras, pois estar à altura é fundamental. O resultado é muito claro: ou gastamos o dinheiro ora reservado para as urgências ou nos afundamos em dívidas, por um motivo nem tão importante assim.
Neste sentido, para não colocarmos aqueles que amamos em uma situação de financeira de risco é de extrema importância aprendermos e ensinarmos aos nossos como controlar os gastos da família.
“Independentemente do poder aquisitivo ou do tamanho da renda familiar, é preciso que todos os membros planejem e controlem o uso do dinheiro, decidindo em quê e como vai gastar o seu dinheiro. Para isso, é preciso analisar, de um lado, as necessidades, desejos e aspirações, em vista dos valores pessoais, e, do outro, os ativos e os passivos, isto é, as receitas e as despesas.”, afirma a professora Nerina Aires Coelho Marques, do curso Finanças na Família, Administração e Controle, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Reúna todos os membros de sua família, inclusive as crianças, para uma conversa franca sobre o dinheiro
A verdade é fundamental e muito importante para a estrutura familiar pois todos os integrantes poderão decidir, juntos, sobre o que fazer com o que sobrou. Quais são as prioridades e em que aplicar o dinheiro restante.
É muito importante uma reunião clara e sincera com todos os membros da família de forma que absolutamente todos conheçam perfeitamente a renda total a fim de se viver de acordo com a receita, o que geralmente não acontece.
Para que isso aconteça, alguns passos devem ser seguidos. Vejamos:
- Reúna todos os membros de sua família, inclusive as crianças, para uma conversa franca sobre o dinheiro.
- Nesta conversa, cada pessoa deve se expressar, livremente, sem quaisquer constrangimentos, de modo a que, ao final, cada um tenha deixado claro para si e para o grupo a sua posição.
Questione sobre:
- O que cada um pensa sobre o dinheiro e por que pensa assim.
- Como se sente com relação ao dinheiro e por que sente assim.
- Como se comporta com relação ao dinheiro e por que se comporta dessa maneira.
Aumente a riqueza total criando novas formas de ganhos por meio de poupanças, investimentos financeiros ou de capital humano
Na Economia Doméstica, a qualidade de vida é uma preocupação constante e, portanto, administrar os recursos da família, mantendo as contas da casa em dia, é primordial.
As estratégias básicas da administração financeira são:
1) Proteger o que a família possui, incluindo os cuidados no uso e na manutenção dos bens materiais, como a casa, objetos, veículos e de capital humano como a saúde e educação.
2) Maximizar os recursos, isto é, obter a utilização máxima dos recursos, usando-os em todo o seu potencial, sem, contudo, desgastá-los.
3) Aumentar a riqueza total, procurando criar novas formas de ganhos por meio de poupanças, investimentos financeiros ou de capital humano, através de estudos, por exemplo; da aquisição de bens etc.
O policiamento, boas práticas e firme conduta, são fundamentais para se preservar o orçamento familiar. Sendo assim:
- Analise com cuidado seu orçamento antes de consumir.
- Saiba diferenciar o que é necessário, do que você gostaria de ter.
- Acostume todos os membros de sua família a viver dentro do orçamento, promovendo o dialogo em casa, onde todos possam opinar.
- Programe seus gastos para você pagar tudo integralmente, sem se endividar. - Pague as suas contas em dia para evitar multas.
- Sempre que possível, negocie a data de vencimento de suas dívidas.
- Não se deixe influenciar por modismo ou consumismo, observe as ofertas, mas não deixe se seduzir por elas.
Por Silvana Teixeira
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