A cafeicultura brasileira é uma atividade agrícola historicamente reconhecida por contribuir com o desenvolvimento econômico e social. Ela tem cunho social, porque, mesmo com a introdução de tecnologias avançadas, o cultivo do café tem características particulares que o tornam dependente do trabalho braçal, atribuindo-lhe a importante função de ser gerador de empregos diretos, no setor rural, e indiretos, no setor urbano, nas fases de beneficiamento e comercialização. No setor econômico, o agronegócio do café destaca-se por ser responsável por uma boa parcela do nosso produto interno bruto.
A exigência, cada vez maior, dos consumidores de café por ótimo padrão de qualidade, faz necessário tecnificar a produção como um todo, em especial, as etapas realizadas entre a colheita e a comercialização. Nesse sentido, é preciso ficar claro que as maiores perdas da qualidade do produto são decorrentes da forma como a colheita, a seca e o beneficiamento são conduzidos. Ainda hoje, faltam muitas informações, principalmente, para o pequeno produtor, sobre como proceder para minimizá-las.
A qualidade é o fator determinante no preço de venda do produto. Portanto, pouco a pouco, as portas do mercado para cafés que não atendem essa exigência vão se fechando. Por isso, o produtor brasileiro que pretende ter na cafeicultura o seu principal objetivo deverá se especializar e adotar tecnologia moderna para a produção de cafés de valor superior. De nada adianta o agricultor escolher uma excelente variedade, cultivá-la em um local com altitude e condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, e praticar todos os tratos culturais necessários, se da colheita até o armazenamento do produto as técnicas corretas de pré-processamento não forem adotadas visando manter a qualidade.
Essas técnicas são bem simples de serem adotadas, sendo preciso apenas possuir uma estrutura mínima e conduzir de forma cuidadosa as etapas de colheita, preparo e de secagem do café.
Tendo em vista que a colheita é a etapa decisiva, sendo o tipo e os métodos utilizados, desde a retirada dos frutos do pé, até a colocação dos mesmos no veículo que irá transporta-lo à unidade de pré-processamento, determinantes na qualidade do produto final, entender bem esse assunto é um requisito indispensável. É isso que permite ao cafeicultor agregar valor ao seu produto, ou melhor, preservar o máximo possível o maior bem que a natureza oferece a ele. É importante destacar que o investimento a mais, feito para produzir café de qualidade, traduz-se em um lucro maior.
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