As lavouras cafeeiras podem ser classificadas conforme a densidade de plantas: até três mil plantas por hectare, considera-se espaçamento tradicional; de três a cinco mil plantas, um semiadensamento; entre cinco e 10 mil plantas por hectare, o adensamento; e acima de 10 mil plantas, tem-se o superadensamento. Ainda é possível acrescentar uma outra categoria às lavouras de café, com densidade superior a 20 mil plantas por hectare, que pode ser chamada de hiperadensamento.
“Atualmente, é cada vez mais forte a tendência de mecanização das grandes lavouras de café, nas regiões de relevo mais plano, diminuindo, consequentemente, a utilização de mão de obra. Uma tendência inversa à mecanização, é o adensamento da lavoura em áreas íngremes e em pequenas propriedades que, ao contrário da mecanização exige um uso intensivo de mão de obra”, afirmam os professores Ivan Iranco Caixeta e Rubens Guimarães, do Curso Café - Cultivo Superadensado, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Em cafezais de menor porte, que ocupam áreas de pequena extensão, mesmo em áreas planas, a mecanização também é difícil em virtude do seu alto custo inicial, surgindo daí a tendência ao adensamento. Além da questão dos custos, o principal motivo que leva os cafeicultores a seguirem esta tendência é o fato comprovado de que, à medida que se adensa a lavoura, maior é a sua produção por área.
Em ótimas condições de cultivo do café, em um espaçamento de dois por um, obtém-se cinco mil plantas por hectare, ou seja, uma produção de 70 sacas por hectare. Já no espaçamento quatro por meio metro, com cinco mil plantas por hectare, observa-se uma produção bastante inferior em relação às parcelas de maior densidade, sendo esta uma densidade ainda muito superior à encontrada na maioria dos cafezais brasileiros.
Com 40 mil plantas por hectare, em espaçamento de meio por meio metro, observa-se uma queda violenta da produção para menos da metade da obtida com 20 mil plantas por hectare.
Vejamos o gráfico abaixo:
Apesar destes dados bastante favoráveis ao adensamento, e mais ainda ao superadensamento, ainda pairam muitas dúvidas sobre o manejo do cafezal superadensado. Isso porque a tecnologia de manejo ainda é incipiente, não estando ainda presente nos campos experimentais das universidades e centros de pesquisas brasileiros.
Quem tem realmente testado esta nova tecnologia são os poucos produtores que se propõem a experimentá-la. Apesar disso, o superadensamento é uma técnica com excelente potencial de viabilidade.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
manoel
11 de set. de 2013Parabéns... Muito boa matéria, suas informações são de grande ajuda para a agricultura nacional.
Resposta do Portal Cursos CPT
11 de set. de 2013Olá, Manoel!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos