“Garantir a boa nutrição do gado leiteiro e de corte é um grande desafio dos pecuaristas leiteiros e de corte, em especial no período da seca. A melhor alternativa é o fornecimento de alimentação volumosa suplementar. Nesse contexto, a silagem de milho se destaca, contanto que produzida com técnicas de ensilagem adequadas”, afirma Juliano Resende, zootécnico e professor do Curso CPT a Distância e Online Curso Produção e Utilização de Silagem.
1. Milho híbrido
O primeiro passo para um processo de ensilagem eficiente e vantajoso é escolher o milho híbrido com grande potencial produtivo e alta capacidade para formação de grãos. Outro fator determinante, para uma silagem de qualidade, é o plantio da forrageira (no caso, o milho) em regiões propícias ao manejo da cultura. Preferencialmente, a lavoura deve ser implantada na própria fazenda pecuária.
2. Ponto de colheita
O ponto de colheita do milho para silagem requer uma porcentagem de matéria seca (MS) entre 30 e 35%. A recomendação é para impedir o desenvolvimento de microrganismos, que causam odor fétido, além de perda de nutrientes na silagem. Sendo assim, milho com teor de MS menor que 25% é inadequado. Diferentemente do milho no ponto farináceo-duro, que produz uma silagem nutritiva e com alta palatabilidade.
3. Ensiladeira
Dentre as vantagens da ensiladeira, ela requer pouca mão de obra, permite corte padronizado de partículas de silagem e otimiza o processo de colheita. Além disso, a máquina pode ser facilmente acoplada a tratores. Se a opção for o tipo automotriz, os custos serão maiores; entretanto, para minimizá-los, uma boa alternativa é contratar terceiros ou se associar a cooperativas.
4. Silo
Silo tipo trincheira garante maior eficiência na compactação da massa ensilada, o que resulta em maior qualidade da silagem sem perdas. Como é construído fixo no chão, com paredes de alvenaria, os custos são maiores, além da limitação de mobilidade da estrutura. Já no silo tipo superfície, há queda na qualidade da compactação e perdas de silagem. Mas sua estrutura exige baixos custos, além de permitir instalação em locas diferentes.
5. Compactação
O objetivo da compactação é extrair todo o ar da massa ensilada, para evitar a sua deterioração no contato com o oxigênio. No processo correto, uma camada é disposta sobre outra, cada uma com 20 cm de altura. Camadas com mais de 20 cm não são recomendadas, pois resultam em perdas na qualidade da silagem. Na adição de cada camada, um trator deve compactar o material. O preenchimento termina somente quando o silo estiver totalmente cheio.
6. Vedação
Após a compactação, o silo é coberto com lona de polietileno. Recomenda-se o uso de lona dupla face, com a parte branca direcionada para cima, o que permite a reflexão da luz solar e consequente redução da temperatura da silagem. É imprescindível ajustar a lona ao material, para que não se formem bolsões de ar. Por fim, adiciona-se terra ao redor, o que garante a plena vedação do silo.
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Leia o artigo "Processo de ensilagem - como produzir e armazenar a silagem."
Fonte: galpaocentrooeste.com.br
Por Andréa Oliveira.
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