A pecuária de corte no Brasil saltou, nos últimos anos, da quinta posição para o primeiro lugar em volume de exportação. Tal fato é considerado um avanço de grande importância econômica, tendo em vista o crescente aumento da demanda por produtos de origem animal.
Como a maior parte da produção de bovinos de corte é feita a pasto, também houve um crescimento da área cultivada com pastagens. Para atender esse aumento , foi importante a obtenção de novos cultivares, bem como o desenvolvimento de novas técnicas de produção de sementes e de plantio. Tudo isso, tem favorecido à substituição de áreas de floresta e cerrado por pastos.
Um grande problema enfrentado na atualidade pela bovinocultura extensiva é a degradação das pastagens, o que afeta diretamente a sustentabilidade do sistema produtivo, além de promover grande impacto ambiental.
Estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de pastagens cultivadas do Brasil, que respondem por 55% da produção de carne nacional, encontra-se em algum estágio de degradação. Considerando-se apenas a fase de engorda de bovinos, a produtividade de carne de uma área degradada está em torno de duas arrobas/ha/ano, enquanto que em uma área em bom estado podem-se atingir, em média, 16 arrobas/ha/ano.
Cerca de 70% das regiões desmatadas são para abertura de novas pastagens. O desmatamento, além de ser uma das mais importantes fontes de carbono para a atmosfera, é uma grave ameaça à nossa biodiversidade e aos nossos recursos hídricos. A formação de pastos, sem nenhum conhecimento agronômico e de manejo dos animais, pode ser produtiva nos primeiros anos após o estabelecimento, mas, dois a três anos depois, perde sua produtividade, o que leva à abertura de mais áreas, contribuindo assim para o desmatamento.
Por definição, designa-se como degradação o processo evolutivo de perda de vigor, produtividade e de capacidade de recuperação natural, tornando a pastagem incapaz de sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais, bem como o de superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e invasoras. Em um estágio avançado, poderá haver considerável degradação dos recursos naturais (Macedo, 1995) em razão de manejos inadequados.
Na atualidade, passa a ser imprescindível que os pecuaristas modifiquem suas estratégias de utilização das pastagens, incorporando novas técnicas de manejo, integração da pecuária com a agricultura, práticas de adubação, melhoria dos rebanhos para manter a sustentabilidade produtiva, além de promover a recuperação das áreas degradadas, e assim participar da preservação das florestas brasileiras.
A recuperação de pastagens não pode ser entendida como uma atividade isolada, mas como parte de um conjunto de aplicações tecnológicas, as quais caminham juntas para aumentar a produtividade das propriedades agrícolas. Essa deve visar a preservação do solo, do ambiente e ser viável economicamente.
O curso Recuperação de Pastagens, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, é uma oportunidade para os pecuaristas interessados em diminuir a degradação dos dois principais recursos de uma propriedade rural: o solo e a água, obtendo ganhos financeiros, além de contribuir para a preservação das florestas brasileiras. No curso você receberá informações do professor Adilson de Paula Almeida Aguiar, da Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba, em Minas Gerais, e da zootecnista Bianca Franco Almeida, especialista em Administração Rural.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On Line de Viçosa, filiada à ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
Agrônomos e ambientalistas estão convencidos de que a recuperação de pastagens degradadas é a solução para conciliar a produção de carne e leite com a preservação das áreas florestais. Uma das técnicas é integrar lavoura com pecuária, fazer o plantio da cultura e da pastagem e, logo após a colheita da cultura, a pastagem estará formada. Com a utilização dessa metodologia é a agricultura que paga a adubação. Dessa forma, o pasto cresce depois da colheita a um custo bem menor.
Na região amazônica, por exemplo, estima-se que a recuperação da pastagem faça a produção de carne e leite dobrar ou até triplicar sem a necessidade de derrubar árvore alguma.
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