
Você é um pecuarista e tem dúvidas sobre formação das pastagens? Então você está no lugar certo.
Deixar o gado pastar livremente, sem a necessidade de delimitar a área em piquetes, não é e nunca será um bom negócio. Apesar de simples, a explicação para a pergunta no título merece ser bem detalhada. Vamos lá?
Lição n. 1:
O desenvolvimento das gramíneas tropicais está diretamente relacionado à fotossíntese, que é o mecanismo pelo qual a planta produz a matéria orgânica que compõe folhas, hastes e raízes que vão crescer.
"Quando o gado entra no pasto e começa a comer, procura justamente as partes mais verdes e tenras, para depois buscar o material mais velho e fibroso.
Pois é justamente nas folhas e hastes verdes que a fotossíntese acontece com maior intensidade", explica Adilson de Paula Almeida Aguiar, Zootecnista e Professor do Curso CPT Recuperação de Pastagens - Método Direto.
Lição n. 2:
Se a desfolha é excessiva, a taxa de fotossíntese fica muito reduzida. Resta à planta apelar para suas reservas orgânicas, buscando repor pelo menos parte dos tecidos perdidos, para que, reiniciando-se a fotossíntese, possa haver uma recuperação.
Lição n. 3:
Se poucos dias depois o gado volta a pastejar no mesmo local, novamente, vai retirar o material tenro e verde rebrotado às custas das reservas da planta. E, mais uma vez, a planta é obrigada e ceder reservas para que se tenha nova recuperação.
Em razão desse processo de desfolhas sucessivas, ao longo do tempo, quanto mais intenso e menos espaçado for o pastoreio, menor será a produção de forragem.
Lição n. 4:
Em consequência, a produção de carne ou de leite também será comprometida.
Acabou? Não, ainda não. Resta ainda dizer que a desfolha não é a única que dificulta a recuperação da planta.
A altura do pastejo também tem grande influência. A brotação acontece com maior rapidez nas gemas apicais, também chamadas meristemas apicais que, se consumidos pelo gado, obrigam a planta a lançar mão de gemas axilares, que vão formar novos perfilhos e, a partir deles, novas gemas apicais.
O problema é que essas gemas basilares são pouco numerosas e estão latentes, consumindo grande quantidade de reservas da planta para seu crescimento.
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Por Silvana Teixeira.
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