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Pesquisas de pastagem no Brasil

A luminosidade só influencia em 10% a produção de forragem

Pastagem

Passaram-se já alguns anos que pesquisas compararam a produção da pastagem irrigada e não irrigada nas estações de outono-inverno, mas mesmo assim vale a pena resaltar que os resultados foram que era inviável economicamente irrigar pastagens nesta época porque a baixa intensidade luminosa e as baixas temperaturas ambientes limitavam a resposta da planta forrageira à irrigação.

Também se concluiu que, a estacionalidade de produção de forragem não era alterada, e estes resultados levaram os produtores e técnicos a abandonarem o uso da irrigação de pastagens por muito tempo. Entretanto, trabalhos como o de CORSI e MARTHA JUNIOR (1998), e os mais recentes resultados de campo, têm demonstrado a possibilidade de se conseguir manter em pastagens irrigadas, no período da seca, de 40 a 60% da taxa de lotação animal que é mantida na primavera-verão.

Por exemplo, se a taxa de lotação da pastagem for de 5,00 UA/ha na primavera-verão, seria possível manter de 2,00 a 3,00 UA/ha no período da seca, índice muito bom se considerarmos que em pastagens não irrigadas só se consegue manter de 10 a 20 % da taxa de lotação obtida no período das chuvas em pastagens manejadas intensivamente, o que significaria abaixar a taxa de lotação de 5,0 UA/ha para 0,50 a 1,00 UA/ha.

A irrigação com 25 a 30 mm, a cada 15 dias, em capim coast-cross, possibilitou carregar uma lotação de 5,9 e 3,0 vacas/ha, nos períodos de verão e inverno respectivamente, dando uma relação inverno/verão de 51%. As vacas recebiam 3,00 Kg de concentrado/dia. Com o fornecimento de 6,00 Kg de concentrado/vaca/dia, as lotações foram de 6,40 e 3,7 vacas/ha nos períodos de verão-inverno, respectivamente, dando uma relação inverno/verão de 57% (VILELA e ALVIM, 1996).

A luminosidade só influencia em 10% a produção de forragem.

ALVIM et al., (1986) irrigou 11 espécies de forrageiras e conseguiu produção de inverno de 30,50% da produção anual (5,6 t MS/ha ÷ 18,33 t MS/ha). Mas dividindo a produção de MS do inverno pela MS produzida no verão, e não no ano, teremos 5,6 t MS/ha ÷ 12,734 t MS/ha, o que dá uma relação inverno/verão de 44%.

CORSI e MARTHA JÚNIOR (1998) citaram que em uma fazenda em Penápolis, SP, com o cv tanzânia, foi possível manter 3,50 UA/ha no inverno, lotação que representou 50% da obtida no verão.

Para se ter resultados positivos com a irrigação de pastagens tropicais, a temperatura ambiente não pode estar abaixo de 15ºC, sendo este o fator ambiental que mais limita a resposta da planta forrageira à irrigação. A luminosidade só influencia em 10% a produção de forragem. A melhor resposta ocorre no verão, quando a temperatura é alta, possibilitando aumentos de 20 a 30% na produção de forragem. Nos Estados de MG, SP e MS, a produção no inverno é em média 50% da do verão. Nos Estados de Goiás, MT, Bahia, TO é possível manter no inverno até 70% da lotação do verão. Em São Paulo, a lotação chega a cair 60%, possibilitando a manutenção de 40% da taxa de lotação alcançada no verão.

A irrigação ainda contribui com o aumento da produção de forragem na época das chuvas quando ocorrem os períodos de veranic

AGUIAR e ALMEIDA (1998) demonstraram que com a introdução da irrigação, em uma fazenda leiteira, foi possível manter quase o mesmo custo do leite durante as duas estações do ano (R$ 0,171 X R$ 0,175/litro), e uma redução de 18% no custo total do leite durante a seca, ao introduzir a irrigação das pastagens, o que possibilitou uma redução de 28,50% nos custos variáveis com as vacas em lactação e uma redução de 46% nos custos com alimentação neste período, demonstrando a viabilidade do uso desta tecnologia.

Neste trabalho não foi considerado que a irrigação ainda contribui com o aumento da produção de forragem na época das chuvas quando ocorrem os períodos de veranico, com 15 ou mais de 20 dias sem chuvas; com dias muito quentes e alta intensidade luminosa; condições ambientais muito favoráveis para a resposta de pastagens adubadas intensivamente e irrigadas; além da maior segurança de se obter realmente a quantidade de forragem necessária para este período, sem ter que ficar preocupado com a resposta às adubações por falta de chuvas. As adubações nitrogenadas e potássicas podem ser feitas por fertirrigação com custos muito menores, pois não envolveria máquinas, além das perdas serem menores (sobre fertirrigação pode ser consultado o trabalho de AGUIAR, 1998).

Produtores de leite têm conseguido produções de 15.000 a 18.000 litros de leite/ha.ano, normalmente com sistemas de aspersão com canhões. O potencial em pastagens irrigadas é maior que 37.000 litros/ha.ano, como foi obtido na EMBRAPA-Gado de leite por (VILELA e ALVIM, 1996).

Produtores de carne têm conseguido custos de produção de uma arroba variando entre R$ 12,00 e R$ 20,00 em sistemas de pastagens irrigadas com pivô central, com produção de 60 a 80 @/ha.ano. Mas o potencial é ainda maior e projetado para produções de mais de 100 @/ha.ano, com taxas de lotação de 10 a 12 UA/ha e ganhos/animal de 0,800 a 1,00 Kg/dia.

A produção que a pastagem irrigada propicia é exponencialmente maior que a não irrigada.

 

 A produção que a pastagem irrigada propicia é exponencialmente maior que a não irrigada.

 

Entretanto, apesar de todo o potencial dos sistemas com pastagens irrigadas, mais uma vez uma tecnologia aparece como sendo milagrosa, atraindo muitos produtores, que na grande maioria das vezes não estão preparados para o uso deste sistema intensivo de produção. A irrigação deve ser usada somente quando o produtor já chegou no terceiro nível de intensificação do uso da pastagem (ver vídeo "Manejo de pastagem") e agora a limitação para explorar ainda mais o potencial de produção da forrageira é a falta de água.

Muitos erros têm sido cometidos a campo, tais como a aplicação da mesma lâmina por todo o ciclo da planta, sendo freqüente irrigar muito ou pouco, o que causa sérios problemas na produção de forragem; o desconhecimento da evapotranspiração para a reposição de água; baixos níveis de adubação e desequilíbrio de nutrientes; erros em ajustar a taxa de lotação animal, entre outros.

Pelo lado da pesquisa resta tentar responder e validar muitas perguntas, tais como dados específicos da necessidade de água (mm/t de matéria seca) de forrageiras; necessidade específica de água nas diferentes fases do ciclo da planta; eficiência das adubações comparado com um sistema de sequeiro; graus de adensamento do solo; modelos de gerenciamento da produção de carne em sistemas irrigados e a sua viabilidade econômica, entre outros.

O curso Irrigação de pastagens  do CPT-Centro de Produções Técnicas não se propõe a responder estas dúvidas e sim demonstrar o que tem sido feito no Brasil com erros e acertos, e para despertar a necessidade de se pesquisar rápido este sistema pois muito dinheiro tem sido investido pelos produtores. A coordenação técnica do curso é do Prof. Adilson de Paula Aguiar, Especialista em Pastagens da FAZU em Uberaba (MG). 

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Comentários

celio ricardo

7 de out. de 2013

Gostaria de saber mais sobre irrigação em aspersão por gravidade .

Resposta do Portal Cursos CPT

8 de out. de 2013

Olá, Célio!

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.

Para mais informações nossas consultoras entrarão em contato.

Atenciosamente,

Ana Carolina dos Santos

Paulo César Pires

10 de jul. de 2012

Gostei muito do que li, não promete nenhum milagre, trata do assunto sem esconder a verdade. Moro no alto do Vale do Jequitinhonha, região que chove pouco, tenho uma propriedade com vocação para uma possível pastagem irrigada por gravidade. É esta a curiosidade que visitei este site.

Resposta do Portal Cursos CPT

12 de set. de 2012

Olá, Paulo César!

Que bom que gostou da matéria.

Continue visitando nosso site e conferindo as novidades em sua área de interesse.

Atenciosamente,

Natália Parzanini

 

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