O pastejo rotacionado tem apresentado vantagens sobre o pastejo contínuo pelo aumento da taxa de lotação de animais por área e por possibilitar melhor controle para o aproveitamento da forragem disponível e de sua qualidade.
A campo, temos propriedades que obtiveram um aumento na lotação animal que variou de 17% a 39% (em média 25%) com a adoção do sistema de pastejo rotacionado. Todo esse aumento decorre, basicamente, do aumento na eficiência de colheita da forragem pelos animais, dada a uniformidade de pastejo e não em razão do aumento na produção da pastagem.
A produção de forragem só pode ser aumentada com a introdução de nutrientes no sistema, através da adubação ou da fixação de nitrogênio pela forrageira, principalmente pelas leguminosas. Em situações onde existe falta ou excesso de forragem, a possibilidade de controle efetivo na lotação contínua é menor que nos métodos baseados em pastejo rotacionado, que permitem, também, o racionamento ou a introdução de estratégias de conservação de forragem.
O período de ocupação no pastejo rotacionado vai depender do ritmo de crescimento das plantas e da estrutura disponível. Períodos de ocupação próximos de um dia deverão ser adotados apenas em sistemas de uso intensivo da pastagem, quando as adubações, principalmente com nitrogênio, aceleram o ritmo de crescimento da planta. Já nas áreas mais extensivas, esse período poderá ser estendido a até uma semana.
Sob o ponto de vista do animal, o período de permanência influencia o consumo de forragem, sendo que períodos mais curtos deverão ser adotados, principalmente para animais mais exigentes. Em sistemas intensivos de exploração, com níveis de nitrogênio acima de 300 Kg/ha/ano associados a uma alta eficiência na colheita da forragem disponível (níveis acima de 60%), é melhor adotar 4% de pressão de pastejo para manter resíduos pós-pastejo baixos, sem a presença de hastes. Em sistemas com nível médio de adubação, podem ser adotadas pressões de pastejo de 5% a 6% (40% a 50% de aproveitamento) e em sistemas extensivos, principalmente em solos de baixa fertilidade, deve ser de 7% a 9%.
Todos estes assuntos e outros como: período de descanso da pastagem, divisões de piquetes com cercas elétricas, localização de aguadas e cochos para mineralização, tamanho de lote de animais, pastejo com dois grupos de animais, desempenho animal e ciclagem de nutrientes, estão detalhadamente colocados, de forma prática, no curso intitulado "Pastejo Rotacionado", produzido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, sob minha Coordenação Técnica.
Prof. Adilson de Paula Almeida Aguiar
Pesquisador da Faculdade de Zootecnia de Uberaba - FAZU
Consultor de empresas de pecuária
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