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Manejo de pastagem

De todas as regiões do mundo, é provável que o Brasil reúna as condições ambientais mais favoráveis para a produção animal a pasto

A produção animal a pasto possui menor custo de produção, menor trabalho, melhor estado de saúde do animal e menor impacto ambiental. O Brasil possui as condições mais favoráveis para isso.

Diferentes níveis de tecnologia podem ser utilizados para aumentar a produtividade das pastagens.

Diferentes níveis de tecnologia podem ser utilizados para aumentar a produtividade das pastagens.

De todas as regiões do mundo, é provável que o Brasil reúna as condições ambientais mais favoráveis para a produção animal a pasto, entretanto, os brasileiros só conseguem explorar entre 5 e 10% do potencial de produção das pastagens, o que significa que a produção animal a pasto pode ser aumentada entre 10 a 20 vezes em relação às médias atuais que estão por volta de 0,50 unidade animal/ha (1 UA são 450 Kg de peso vivo), produção de 90 Kg de carcaça/ha/ano (6 @/ha/ano), produção de 500 a 1.000 litros de leite/ha/ano.

Diferentes níveis de tecnologia podem ser utilizados para aumentar a produtividade das pastagens. As tecnologias que, atualmente, estão disponíveis para o produtor foram desenvolvidas por centros de pesquisa e validados nas fazendas. A escolha de um ou de outro nível tecnológico vai depender do diagnóstico feito pelo técnico que assiste o produtor.

No primeiro nível tecnológico, o produtor não gasta nada ou muito pouco e pode ter aumentos na produção da pastagem que variam de 20 a 100%. Isto significa que a produção animal pode ser dobrada, passando para 1,0 UA/ha, 180 Kg de carcaça/ha/ano (12 @/ha/ano) e 2.000 litros de leite/ha/ano. Para isso, o produtor precisa apenas adotar o manejo racional da pastagem que se baseia no conhecimento das exigências fisiológicas das plantas forrageiras. Neste sentido, devemos respeitar os períodos de descanso que variam com o tipo de forrageira, com a época do ano e com as condições ambientais sob as quais a planta desenvolve (fertilidade do solo, temperatura, luminosidade e chuvas).

Outro princípio é aquele que respeita uma altura de pastejo que é chamada de resíduo pós-pastejo que também varia com a planta forrageira e com as condições ambientais sob as quais a planta cresce. Isto significa que os animais nunca devem deixar o pasto rapado. Essas exigências da planta forrageira podem ser atendidas com mais facilidade através do uso do sistema de pastejo rotacionado, no qual, os animais são mudados periodicamente (a cada 1 a 5 dias) de pasto ou piquete. Durante estas mudanças o produtor tem condições de avaliar se o manejo está correto ou não. Quando se gasta alguma coisa é com a redivisão de pastagens com cercas elétricas e com melhor locação das aguadas.

No segundo nível tecnológico, o produtor já sabe manejar bem a pastagem que agora precisa receber adubações de recuperação que evitam a sua degradação, e, ao mesmo tempo, contribuem para aumentar a produção animal porque ocorre melhoria na qualidade da forragem. Estas adubações de recuperação são feitas a cada dois ou três anos a um custo que varia entre R$ 100,00 e R$ 150,00/ha.

Com o uso deste nível tecnológico é possível passar a taxa de lotação para 1,50 a 2,50 UA/ha, dependendo das condições iniciais de cada pastagem por ocasião da adubação, da planta forrageira que é adubada, e do nível de adubação.

No terceiro nível tecnológico, o produtor precisa ser mais competitivo porque tem a sua fazenda em uma região onde o valor da terra é muito alto, como próximo às cidades ou em regiões onde outras culturas são exploradas com alto nível tecnológico, como as regiões onde se explora a cana, os citrus, o café e os grãos. O produtor, então, precisará fazer adubações mais intensivas a cada ano e parceladas a cada um ou dois pastejos. Com o uso deste nível tecnológico é possível elevar a taxa de lotação para 3 a 7 UA/ha no período das chuvas, com gastos de R$ 50,00 a R$ 80,00/UA/ano, ou seja, gastos/ha que variam entre R$ 150,00 a R$ 560,00/ha/ano. Com este nível tecnológico, é possível elevar a produção para 300 a 700 Kg de carcaça/ha/ano (20 a 47 @/ha/ano) e 5.500 a 13.000 litros de leite somente no período das chuvas.

Ao usar este nível tecnológico o produtor precisará providenciar a suplementação animal durante a seca, pois, as condições climáticas desfavoráveis para a produção do pasto, fazem com que seja possível manter em torno de apenas 20% da lotação animal que é possível de ser mantida no período das chuvas. Isto seria entre 0,60 e 1,40 UA/ha para lotações de 3,00 e 7,00 UA/ha.

O quarto e último nível tecnológico que o produtor tem a disposição é o uso de irrigação das pastagens. Esta tecnologia só deve ser adotada quando o produtor já passou pelos níveis de tecnologia anteriores e agora a sua limitação é apenas a falta de água, ou para produtores que estão em regiões semi-áridas, como no norte e nordeste de Minas e no Nordeste, onde a irrigação é tecnologia básica para a produção intensiva a pasto.

O importante é que o produtor não "queime " etapas saindo do nível extrativista de exploração da pastagem para níveis de tecnologia que demandam maiores investimentos como a adubação intensiva e a irrigação. Se o produtor estiver bem orientado ele não errará e poderá ter lucro na atividade e partir para um bom padrão de vida.

No curso (filme e manual) "Manejo de Pastagens" produzido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, sob a coordenação do professor Adilson de Paula Almeida Aguiar, são apresentados diferentes níveis de tecnologia disponíveis, desenvolvidos em fazendas espalhadas por muitos estados brasileiros e em centros de pesquisa.

 

Prof. Adilson de Paula Almeida Aguiar Especialista em Pastagens da FAZU - Uberaba - MG

 

Prof. Adilson de Paula Almeida Aguiar
Especialista em Pastagens da FAZU - Uberaba - MG

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