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Manejo de Pastagem Ecológica e CPT: Parceria de sucesso

Pastagem ecológica na Fazenda Ecológica, onde tudo começou...


Em 1997, como acontecia com frequência, viemos passar parte das férias de fim de ano em Viçosa, na casa da Marly e do Sebastião, irmã e cunhado de minha esposa Elídia. Dessa vez, houve uma diferença: eu trouxe na bagagem farto material (artigos, reportagens, vídeos, textos e fotografias) sobre o trabalho que vinha desenvolvendo em minha “Fazenda Ecológica”, em Mato Grosso, já há 10 anos.

Esse consistia num processo de formação ecológica de pastagens no cerrado, que além de ser muito mais econômico, preservava quase intacto o ecossistema original. Minha intenção era propor ao CPT – Centro de Produções Técnicas - a publicação de um curso sobre a tecnologia de Formação e Manejo de Pastagem Ecológica, como chamávamos o trabalho. Fui recebido pelo próprio presidente do CPT, Prof. Nelson Fernandes Maciel, que levou menos de meia hora para decidir que investiria na divulgação daquela alternativa de exploração do cerrado, até então considerada uma insanidade por muitos.

Publicações do CPT sobre a pastagem ecológica

O curso foi desenvolvido e publicado em 1999.  Com o sucesso alcançado, surgiu uma demanda para a publicação da tecnologia em outra mídia, sendo publicados dois livros pela Aprenda Fácil Editora, subsidiária do CPT: “Manejo de Pastagem Ecológica – um conceito para o terceiro milênio”, em 2000, e “Pastoreio Racional Voisin – fundamentos, aplicações e projetos”, em 2003.

A pastagem ecológica, além de ser muito mais econômica, preserva quase intacto o ecossistema original.

Evolução da pastagem ecológica após as publicações do CPT:

Aplicação em programas voltados para a preservação da Região Amazônica e da Mata Atlântica.

Em janeiro de 2000, o curso despertou o interesse do Coordenador do Programa Fogo – emergência crônica, financiado pela Cooperação Italiana, com o objetivo de combater o fogo na região Amazônica e apresentar alternativas sustentáveis a essa prática. Nessa época, as estatísticas indicavam que mais de 50% dos incêndios florestais tinham sua origem em queimadas realizadas rotineiramente nas pastagens. Muitas vezes, escapavam ao controle dos fazendeiros, causando os terríveis incêndios florestais.

A pastagem ecológica, por excluir totalmente o manejo com fogo, surgia como uma excelente alternativa a ser fomentada pelo Programa. No bojo dos trabalhos desse, a Pastagem Ecológica foi adaptada e aperfeiçoada, a partir da experiência desenvolvida no cerrado, resultando na tecnologia de manejo de pastagem ecológica, hoje aplicável em qualquer bioma.

Projeto Voisin em Guarapari, ES, com 300 Novilhos em piquetes de um hectare.

O sucesso do manejo de pastagem ecológica no âmbito do Programa Fogo é indiscutível. Devido aos importantes resultados apresentados, o Programa que tinha um caráter emergencial, com duração prevista para dois anos, foi seguidamente renovado. Hoje, na sua quinta fase, se expande para outros países amazônicos, como Bolívia, Peru e Equador. Em todas as fases, no Brasil, a pastagem ecológica esteve presente, como está também nesta fase internacional, que tem a denominação de Programa Amazônia sem Fogo (www.amazoniasemfogo.org.br).  Neste período, de mais de 10 anos, o Programa Fogo publicou vários “livros/relatórios”, sendo que em todos eles o manejo de pastagem ecológica é apresentado em destaque.

Com o exemplo desse Programa, a tecnologia do manejo de pastagem ecológica tem sido requisitada por vários outros programas com atuação na Região Amazônica, gerenciados por instituições de grande prestígio na região, como o IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, o ISA – Instituto Sócio Ambiental , IFPDS – Instituto Floresta de Pesquisa e Desenvolvimento Sustentável , o ICV – Instituto Centro de Vida  e a Embrapa Amazônia Oriental.

No momento, a tecnologia de manejo de pastagem ecológica está inserida em três importantes programas: Programa Amazônia sem Fogo, na sua fase internacional, com aplicação prevista para a Bolívia, Equador e Peru; Programa Corredores Ecológicos da Mata Atlântica – Espírito Santo; Programa Olhos D’água da Amazônia, Prefeitura de Alta Floresta MT, BNDS e Fundo Amazônia. Esses programas apoiam o fomento da Pastagem Ecológica por meio de palestras, cursos de capacitação e implantação de unidades demonstrativas.

Além de sua adoção por programas governamentais e institucionais, o manejo de pastagem ecológica vem sendo progressivamente aceito por produtores particulares, com projetos já implantados nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Rondônia.

Com a sua generalização, ele se caracteriza por:

1) arborização adequada das pastagens;

2) diversificação de forrageiras, buscando a maior biodiversidade possível;

3) manejo com o sistema de pastoreio racional Voisin;

4) exclusão de práticas como o uso do fogo, de agrotóxicos e de roçadas sistemáticas.

A experiência tem demonstrado que uma pastagem qualquer pode ser convertida em uma pastagem ecológica no curso de poucos anos, com aplicação dos conceitos acima expostos.

Reconhecimento público e participação em eventos nacionais e internacionais

Com a sua divulgação por meio das publicações do CPT, dos livros editados pelo Programa Fogo, de dezenas de artigos, reportagens, publicações na internet e entrevistas em rádios, jornais, e TVs, a tecnologia do manejo de pastagem ecológica ganha cada vez mais notoriedade.

Com isso obteve significativo espaço em veículos como (participação em seminários, encontros, congressos, feiras e cursos voltados para o desenvolvimento sustentável, sendo os principais): Congresso Brasileiro de Agricultura Orgânica, Nova Friburgo-RJ, 2002;  Conferência Global Virtual sobre Produção Orgânica de Bovinos de Corte, Embrapa Pantanal, 2002;  V  Encontro Internacional de Pastoreio Voisin Bagé-RS, 2003; Congresso Brasileiro de Agroecologia – Guarapari-ES, 2007; Curso de Capacitação Técnica sobre as alternativas ao uso do fogo na Região Amazônica, Programa Amazônia sem Fogo, 2008-2009; Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, Luisiania-GO, 2009; Curso Internacional de Capacitação em Tecnologias Agroflorestais, Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA, 2010; Mostra  Internacional Ethos de Tecnologias Sustentáveis, Conferência Internacional Ethos, São Paulo-SP, 2010.

Prof. Jurandir em viagem pelo Rio Amazonas para implantar um projeto pelo Programa  Amazônia sem Fogo.

Premiado por três importantes prêmios ambientais: primeiro lugar na categoria tecnologia, pelo Prêmio Von Martius de Sustentabilidade - 2007, da Câmara de Indústria e Comércio Brasil Alemanha; primeiro lugar na categoria experiências de sucesso, pelo Prêmio Ecologia – 2007, do Instituto do Meio Ambiente, do Espírito Santo; terceiro lugar na categoria ciência e tecnologia do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente – 2007, do Ministério do meio Ambiente do Brasil. Este último teve, para mim, um significado especial: o reconhecimento pelo Ministério do Meio Ambiente de que a pecuária, quando manejada segundo critérios sustentáveis, como ocorre com aplicação do manejo de pastagem ecológica, pode deixar de ser a grande vilã do meio ambiente, como acontece no sistema convencional, se tornando um fator positivo para a preservação da Floresta Amazônica, que é o objetivo declarado desse prêmio ambiental.

Outro fato importante para o reconhecimento da tecnologia de Manejo de Pastagem Ecológica foi o convite da editora da Revista de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que resultou na publicação do artigo “Pastagem Ecológica e Serviços Ambientais da Pecuária Sustentável” na sua edição: Ano XVI – n. 3 –  jul-ago-set/2007.

Ao fazer esse retrospecto sobre a evolução deste trabalho, que na sua origem não tinha outra pretensão que não fosse a de explorar uma fazenda de pecuária com o devido respeito ao meio ambiente, fico imaginando como tudo teria sido sem o apoio inicial do CPT. Pode até ser que eu tivesse atingido grande sucesso em meus trabalhos na Fazenda Ecológica, mas com certeza, este trabalho jamais se tornaria tão conhecido como é hoje, deixando de espalhar seus benefícios da forma ampla, como está ocorrendo.

Assim, quero encerrar este relato agradecendo, não só ao Prof. Nelson Maciel e à equipe do CPT, que com sua dedicação contribuíram para a publicação dos livros e do curso, mas também a todos que em todas as fases da nossa jornada foram importantes para o sucesso do Manejo de Pastagem Ecológica e a sua consagração como uma política pública.

A Fazenda Ecológica onde o trabalho se iniciou constitui, hoje, uma unidade demonstrativa aberta à visitação, o que pode ser feito de forma física ou virtual, através do site www.fazendaecologica.com.br.

 

*Jurandir Melado, engenheiro agrônomo, coordenador técnico da Fazenda Ecológica Santa Fé do Moquém

**Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do Portal de Informações do CPT - Centro de Produções Técnicas. O Portal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

 

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Comentários

jose fernandez

29 de jan. de 2019

me gustaria comprar el libro manejo de pastagem ecologica un conceito para o terceiro milenio

Resposta do Portal Cursos CPT

29 de jan. de 2019

Olá Jose,

Agradecemos a visita e comentário em nosso site.

Nossas consultoras entrarão em contato para mais informações sobre os cursos.

Atenciosamente,

Mariana Caliman Falqueto

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