O Brasil possui grande potencial para a pecuária, entretanto, apresenta índices de produtividade médios, não muito satisfatórios. Não resta dúvida de que o país necessita sanar os problemas que o impedem de atingir melhores resultados. Além da qualidade genética dos rebanhos brasileiros e dos problemas com a produção, a alimentação é um dos principais fatores responsáveis por esse baixo desempenho. De forma geral, é o item que mais onera os custos de produção. Por isso, deve receber atenção especial, no sentido de diminuir custos e aumentar a produtividade do rebanho.
Em um país como o Brasil, com grande potencial pastoril, e considerando-se os altos preços dos insumos, especialmente aqueles relacionados com alimentação, é natural que a tendência seja estabelecer sistemas de produção apoiados no uso racional e eficiente dos recursos forrageiros.
A distribuição da produção forrageira é estacional, alternando-se, durante o ano, períodos favoráveis (época das águas) e desfavoráveis (época das secas) de oferta da mesma, com efeitos sobre a pecuária de leite e corte, sendo comum os animais perderem peso na seca e terem ganhos acentuados no verão. A capacidade de suporte das pastagens também sofre flutuações e o preço da arroba de carne oscila durante o ano por causa dos períodos de alta e baixa disponibilidade de animais prontos para o abate.
Nesse contexto, a estacionalidade da produção forrageira é reconhecida como um dos principais fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade da pecuária nacional, afetando os níveis de produção animal. Para tentar solucionar ou, pelo menos, amenizar o problema, o pecuarista pode adotar inúmeras estratégias, cada uma apropriada às condições dos sistema de produção que estiver sendo usado na propriedade, dentre elas destaca-se a prática da fenação.
A fenação ocupa importante papel no manejo das pastagens, permitindo o aproveitamento dos excedentes.
A fenação é um processo de conservação de plantas forrageiras que consiste na redução do excesso de umidade de 70 a 90% para 12 a 25%, para que o produto possa ser armazenado por longo tempo, sem período de fermentação, emboloramento ou mesmo combustão espontânea, permitindo a conservação do valor nutritivo da planta. Essa técnica ocupa importante papel no manejo das pastagens, permitindo o aproveitamento dos excedentes de forragem ocorridos em períodos de crescimento acelerados de forrageiras, visto que o controle do consumo de forragem, por meio de alterações de carga animal, é difícil de ser realizado.
Com o objetivo de contribuir com a melhoria da alimentação e dos índices da pecuária nacional, mostrando como fazer a conservação das forragem a partir da fenação, o CPT – Centro de Produções Técnicas elaborou o curso “Produção de Feno”, no qual você receberá informações do zootecnista Josvaldo Ataíde Júnior, especialista em Conservação de Forragens e Pastagens pela Universidade Federal de Viçosa, e da zootecnista e Mestre em genética e melhoramento animal Patrícia Tristão Mendonça.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
A fenação pode ser utilizada tanto por grandes como por pequenos produtores, pois a operação é simples, econômica, e o feno é fácil de ser manipulado. Pode ser feita com dois propósitos, para consumo próprio ou para ser comercializada. Em ambos os casos, deve-se ter em mente a importância da qualidade do produto para viabilizar o empreendimento.
Nos casos de produção em alta escala, é necessário elevado grau de mecanização, em função dos custos dos equipamentos. O investimento somente torna-se econômico quando atinge determinados níveis de escala e de qualidade. E para que a produção por área seja elevada, deve-se acertar na escolha do terreno, da forrageira e dos equipamentos. Além disso, deve cultivar a forrageira adequadamente, produzir e armazenar o feno dentro das técnicas recomendadas.
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