
Para que a pastagem esteja bem estabelecida para o próximo ano, é preciso que os produtores fiquem atentos à data, pois têm até meados de janeiro para proceder ao plantio.
Escolher qual forrageira será plantada é uma das decisões mais importantes e que depende de alguns fatores, tais como os objetivos do sistema de produção, do quanto poderá ser investido, da mão de obra disponível, o clima da região em que a propriedade está inserida, qualidade e características do solo, categoria animal que consumirá o alimento e destino da forrageira – se é para pastejo, silagem, fenação etc.
De acordo com Adilson de Paula Almeida Aguiar e Bianca Helena Passareti Junqueira Franco Almeida, professores do Curso a Distância CPT Formação de Pastagens, “se a introdução de determinada forrageira não trouxer reais retornos ao produtor, o processo de intensificação ficará apenas no discurso. Desse modo, deve ser efetuada uma análise precisa dos custos de produção e da viabilidade econômica, procurando determinar o retorno previsto dos investimentos do pecuarista.”
Escolha uma espécie de forrageira palatável
É importante que sejam plantadas forrageiras que os animais gostem de comer para que a quantidade de alimento ingerida seja suficiente para um ganho de peso satisfatório. Assim, a preferência dos bovinos é por plantas folhosas e que apresentem poucos colmos, como paiaguás, a piatã e a marandu. A decumbens, a humidícola e a xaraés também são boas opções, embora esta última não seja muito palatável, pois apresenta colmos duros.
Dentre as espécies do gênero Panicum, o capim Tanzânia é o que mais agrada aos bovinos. Apesar de seus colmos serem mais grossos, ela é menos fibrosa, portanto, mais macia; além disso, apresenta boa quantidade de folhas, as quais apresentam teores elevados de proteína e alta digestibilidade, fato que possibilita excelentes ganhos de peso/animal. Essa espécie, ainda, é de fácil trato cultural, possui boa produção de semente e é bem resistente à cigarrinha-das-pastagens, mas necessita que o solo para seu plantio seja altamente fértil.
As leguminosas, como o calopogônio, centrosema, arachis, guandu e outras, não são muito recomendadas para a alimentação dos bovinos, pois, devido à presença de uma substância chamada tanino, provocam secura e adstringência na língua do animal, o que o estressa e, consequentemente, o faz reduzir o consumo de alimento.
Preparo do Solo
Escolhida a forrageira, é preciso preparar o solo para receber as sementes. É preciso limpá-lo, removendo toda a vegetação indesejada, e fazer sua análise química para as devidas correções. Nessa etapa, deve-se proceder, também, ao controle de insetos, como formigas e cupins, e outras pragas.
Semeadura
Adquirir sementes de qualidade é extremamente importante para evitar contaminações. Elas devem ser semeadas a uma profundidade de três a cinco centímetros, plantadas a lanço ou, ainda, por plantio direto.
Primeiro pastejo depois de 40 dias
Após os 40 dias da germinação da forrageira e antes dos 75 dias, é preciso submeter a área ao primeiro pastejo para que o excesso de plantas seja controlado e, assim, não haja competição por nutrientes.
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Fonte: EMBRAPA - embrapa.br
Por Bruna Falcone Zauza
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Comentários

Franklin Felizardo
30 de set. de 2023O uso do fertilizante vem antes ou após a limpeza do pasto ?

Resposta do Portal Cursos CPT
2 de out. de 2023Olá, Franklin Felizardo! Como vai?
Agradeço sua visita em nosso site!
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