
Os principais fatores que determinam a escolha de uma planta para ser fenada são: produtividade, tolerância ao corte, capacidade de rebrota, qualidade nutricional e a facilidade de secagem. O potencial de produção tem de ser levado em conta, como um dos mais importantes fatores a considerar, porque influencia diretamente os custos da operação, já que uma espécie mais produtiva resulta em maior quantidade de feno por área que uma menos produtiva.
No que diz respeito à qualidade nutricional, ao escolher a forrageira, deve-se observar a sua composição químico-bromatológica, com especial atenção para os teores de fósforo, cálcio e a digestibilidade da matéria seca, que variam com a botânica, idade da planta e fertilidade do solo. Normalmente, as leguminosas são mais ricas em proteína e cálcio do que as gramíneas. “Mas outros fatores, como problemas no cultivo ou no processo de fenação também precisam ser considerados, além do fator nutricional, daí a menor presença de leguminosas nos cultivos para fenação, à exceção da alfafa”, afirma Juliano Ricardo Resende, professor do Curso a Distância CPT Produção de Feno para Uso na Propriedade e Comercialização, em Livro+DVD e Curso Online.
Conforme o hábito de crescimento, algumas plantas são mais difíceis de serem cortadas pela segadeira, devido às suas características estruturais. Por isso, ao longo do tempo, a escolha de plantas para fenação recaiu sobre aquelas que são mais fáceis de serem cortadas. Esse fator, entretanto, deve ser considerado cuidadosamente, pois, embora as plantas cespitosas sejam mais fáceis de cortar que as estoloníferas e decumbentes, na maioria dos casos, elas são mais vulneráveis ao corte baixo, rente ao solo, não resistindo a esse tipo de manejo, típico da produção de feno.
A facilidade de secagem é outro aspecto importante, sendo influenciado pela relação folha/haste, ou seja, a secagem é mais rápida, quanto maior for a proporção de folhas. Também influenciam a secagem fatores como a cerosidade que recobre as folhas e o teor de umidade no momento do corte. Mas, vale destacar que, se a forrageira tem mais colmos e mais umidade, é possível fazer uso de uma segadeira condicionadora que, além de cortar, esmagam a planta, facilitando a secagem e ajudando a tornar a secagem mais rápida.
A capacidade de rebrota depende de fatores como fertilidade e umidade do solo e da tolerância da planta ao corte. É preciso considerar que plantas em que ocorre elevação do meristema apical acima do solo perdem mais gemas de brotação nos cortes rentes ao solo, o que dificulta significativamente sua recuperação. Por isso, gramíneas de hábito de crescimento cespitoso que, normalmente, apresentam elevação rápida do meristema apical, têm menor velocidade de rebrota que as gramíneas estoloníferas.
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Por Silvana Teixeira.
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