Tanto o azevém como a aveia são forrageiras que podem ser usadas por meio de corte ou pastejo, e para uso como alimento conservado, tanto como pré-secado (silagem) ou como feno. Por causa da forma ereta de crescimento da aveia, essa forrageira é mais usada em pequenas propriedades, visando ao seu corte periódico. Por outro lado, o azevém é bastante indicado para pastejo. As duas espécies adaptam-se bem às regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde mostram significativas produções de forragem de qualidade nos cultivos realizados.
O ciclo de cultivo do azevém é mais longo, enquanto o da aveia é mais curto. “O azevém é uma forrageira que apresenta alta palatabilidade para bovinos, além de elevado teor de proteína bruta e boa digestibilidade e composição mineral. É boa produtora de forragem, com rebrota significativa e resistência ao pastejo, o que lhe permite suportar altas taxas de lotações, além de apresentar alta ressemeadura natural”, afirma Juliano Ricardo Resende, professor do Curso a Distância CPT Produção de Feno para Uso na Propriedade e Comercialização.
A aveia e o azevém são excelentes alternativas para a alimentação de vacas em lactação, especialmente, na estação seca. Porém, é necessário que os animais passem por uma fase de adaptação à nova forragem da dieta, de forma que a flora microbiana se adapte, evitando-se a ocorrência de diarreias e outros problemas.
Normalmente, a produção de feno de aveia e azevém é feita, visando ao aproveitamento do excedente de forragem produzida nos períodos climáticos mais favoráveis. Como forragem conservada, a fenação da aveia vai assegurar um elevado valor nutritivo ao alimento produtivo. O feno de azevém é mais fácil de ser produzido que o de aveia, que tem colmos grossos e suculentos e uma elevada umidade no período vegetativo, o que dificulta sua desidratação. Sem contar que condições climáticas pouco favoráveis à secagem, com dias mais curtos, baixas temperaturas e orvalho intenso são fatores que dificultam ainda mais a fenação, sendo indicado o uso segadeiras condicionadoras.
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Por Silvana Teixeira.
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